Bloomberg — As ações globais operam em alta nesta segunda-feira (28), após a União Europeia fechar um acordo comercial com o presidente dos EUA, Donald Trump.
O índice Stoxx 600 avançou 0,7% após o acordo entre EUA e UE, que impõe tarifas de 15% sobre a maioria das exportações do bloco.
A disparada recorde das ações americanas parece prestes a continuar, com os contratos futuros do S&P 500 em alta de 0,3% após o índice ter encerrado a sexta-feira em uma máxima histórica. O euro caiu em relação ao dólar, já que a força da moeda americana superou o impulso do acordo comercial.
Os mercados, que se recuperam das mínimas de abril, estão encontrando apoio no novo acordo comercial e nos sinais de que EUA e China devem prorrogar sua trégua.
Esse otimismo será testado nesta semana com dados econômicos importantes, reuniões do Federal Reserve e do Banco do Japão, além dos balanços de empresas de megacapitalização, que podem influenciar as perspectivas para os mercados e a economia global.
“Os acordos comerciais estão vindo ‘menos piores’ do que o esperado”, disse Chi Lo, estrategista sênior de mercado para a Ásia-Pacífico na BNP Paribas Asset Management, à Bloomberg TV.
“Essa mudança de expectativa e sentimento impulsionou os mercados nas últimas semanas e, daqui em diante, será preciso ver os fundamentos voltarem a prevalecer.”
Veja a seguir outros destaques desta manhã de segunda-feira (28 de julho):
- Negociações EUA-China. O vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessen se reúnem na Suécia para negociar uma nova trégua sobre as tarifas. A agenda também inclui discussões sobre as taxas dos EUA vinculadas ao tráfico de fentanil e às compras chinesas de petróleo russo e iraniano.
- Heineken vê queda nas vendas. A empresa registrou um recuo de 0,4% nos volumes de cerveja no 2º trimestre, afetada por disputas com varejistas na Europa e menor consumo nas Américas. Apesar disso, o lucro operacional subiu 7,4% no período, com impulso da demanda na Ásia e de mercados emergentes.
- Audi corta guidance. A montadora reduziu suas projeções de lucro para 2025, pressionada por tarifas impostas por Trump e custos de reestruturação. A expectativa de retorno operacional caiu para 5% a 7%, ante a faixa 7% a 9%. A empresa avalia produzir nos EUA e prevê melhora do cenário só a partir de 2026.
🔘 As bolsas na sexta-feira (25/07): Dow Jones Industrials (+0,47%), S&P 500 (+0,42%), Nasdaq Composite (+0,24%), Stoxx 600 (-0,29%), Ibovespa (-0,21%)
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-- Com informações da Bloomberg News.
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