Bloomberg — As ações globais perderam força nesta terça-feira (11) em meio a uma cautela renovada em relação às altas avaliações no setor de inteligência artificial depois que o SoftBank do Japão vendeu sua participação na Nvidia.
Os futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 caíram, reduzindo os ganhos de segunda-feira que se seguiram às notícias de que a paralisação do governo dos EUA estava próxima de ser resolvida.
Na terça-feira, o SoftBank, de Masayoshi Son, disse que recebeu US$ 5,8 bilhões com a venda de sua participação na Nvidia, um anúncio que veio no momento em que os investidores questionam se a recuperação das ações liderada pela tecnologia foi longe demais.
O dólar caminhava para seu primeiro dia de ganhos em uma semana. A libra liderou as perdas entre as principais moedas, já que o desemprego no Reino Unido aumentou mais do que o esperado, levando os investidores a aumentar as apostas em um corte na taxa de juros do Banco da Inglaterra no próximo mês. O bitcoin caiu.
As ações europeias contrariaram a tendência de redução de risco, subindo 0,6%, já que as ações de consumo tiveram um desempenho superior. O comércio à vista de títulos do Tesouro foi fechado devido ao feriado do Dia dos Veteranos dos EUA.
O sentimento também se enfraqueceu depois que o Wall Street Journal informou que a China acelerará as aprovações de exportação de terras raras para a maioria das empresas, mas excluiu aquelas ligadas às forças armadas dos EUA. A medida aumentou a incerteza sobre a durabilidade do cessar-fogo comercial entre as duas maiores economias do mundo.
“A barra está alta para novos ganhos no sentimento de risco, já que as participações permanecem elevadas”, disse Geoff Yu, estrategista macro sênior do BNY. “O que estará em jogo são os dados, os lucros e o Fed, e os investidores permanecerão na defensiva até que haja clareza sobre todos os fatores.”
O que dizem os estrategistas da Bloomberg: “Por enquanto, não está claro se há um catalisador específico, mas alguns dedos estão apontando para uma matéria do WSJ sobre terras raras na China. Se essas medidas forem rigorosamente implementadas, isso poderá dificultar a importação de determinados materiais chineses para empresas automotivas e aeroespaciais que têm clientes civis e de defesa. Os investidores veriam isso como uma possível bandeira vermelha para o governo dos EUA", disse Mark Cranfield, estrategista da MLIV.
Veja a seguir outros destaques desta manhã de terça-feira (11 de novembro):
- Elliott compra fatia da Toyota.A Elliott Investment Management tem comprado mais ações da Toyota Industries e aumentou sua participação na empresa de 3,26% para 5% nos últimos meses. O fundo disse à empresa que o preço proposto para a privatização está muito baixo.
- LVMH ganha força na China. A LVMH anunciou que pretende abrir grandes lojas na China em dezembro e considera uma expansão adicional no país, já que as marcas de alto padrão veem os primeiros sinais de uma recuperação das vendas na segunda maior economia do mundo.
- Syre fecha acordo com a Nike.A startup sueca de têxteis Syre, apoiada pela H&M, planeja levantar até US$ 700 milhões em novos financiamentos para construir uma fábrica no Vietnã após um acordo de fornecimento com a Nike que deve ajudar a liberar novos empréstimos.

🔘 As bolsas ontem (10/11): Dow Jones Industrials (+0,81%), S&P 500 (+1,54%), Nasdaq Composite (+2,27%), Stoxx 600 (+1,42%), Ibovespa (+0,77%)
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-- Com informações da Bloomberg News.
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