Bloomberg — As ações globais subiram no início de uma semana movimentada no calendário de eventos, com aposta de investidores que os dados econômicos reforçarão as perspectivas de cortes nas taxas de juros e elevarão as ações.
O ouro bateu um novo recorde.
Os contratos futuros do S&P 500 subiram 0,51% no início das negociações, e colocaram o índice de referência dos EUA no caminho certo para seu mês mais forte neste trimestre.
O Stoxx 600 da Europa ganhou 0,36%, com o desempenho superior das ações de saúde e mineração.
Um indicador das ações asiáticas avançou após ganhos de 1,8% em Hong Kong.
O petróleo caiu, uma vez que as expectativas de que a OPEP+ aumentará a produção novamente em novembro exacerbaram as preocupações sobre um excesso. O ouro subiu para mais de US$ 3.800 a onça (28,3 gramas).
Um indicador Bloomberg do dólar caminhou para um segundo dia de quedas, pressionado pelos fluxos de fim de mês e pelo risco de uma paralisação do governo dos EUA. Os títulos do Tesouro subiram em toda a curva.
Uma série de dados de emprego nos EUA está prevista para esta semana, culminando com o relatório da folha de pagamento não agrícola de sexta-feira, em um momento em que o Federal Reserve está inclinado a apoiar o mercado de trabalho.
Além disso, há o risco de uma paralisação do governo dos EUA em meio a um impasse no Congresso, o que poderia atrasar algumas divulgações.
O ímpeto dos mercados é “impulsionado por um ambiente de equilíbrio entre as perspectivas otimistas de crescimento e as expectativas de um Fed mais dovish”, disse Ulrich Urbahn, chefe de estratégia e pesquisa de múltiplos ativos do Berenberg. “Pode haver alguns efeitos adversos se a paralisação prevalecer por um período mais longo, o que não é nosso caso base.”
Os principais líderes do Congresso planejam se reunir com o presidente Donald Trump na segunda-feira, apenas um dia antes do fim do financiamento federal, caso os legisladores não cheguem a um acordo sobre um projeto de lei de gastos de curto prazo. A medida, que financiaria o governo apenas até meados de novembro, deve ser aprovada até 1º de outubro.
As ações chinesas estiveram em foco na Ásia, em meio a sinais de que as políticas para lidar com o excesso de capacidade e a deflação na economia começaram a se firmar antes do feriado da Golden Week, que começa na quarta-feira.
Os lucros industriais chineses em agosto aumentaram 20,4% em relação ao ano anterior, o primeiro aumento em quatro meses, de acordo com dados divulgados no sábado pelo National Bureau of Statistics. A deflação de fábrica diminuiu pela primeira vez em seis meses.
Veja a seguir outros destaques desta manhã de segunda-feira (29 de setembro):
- Stellantis troca de CFO. O diretor financeiro da Stellantis, Doug Ostermann, deixou o cargo em mais uma mudança na cúpula da montadora que está sob pressão para engendrar uma reviravolta. Ele será substituído pelo brasileiro João Laranjo, um veterano da empresa predecessora da Stellantis, a Fiat Chrysler.
- Novo investimento da BP nos EUA. A BP chegou a uma decisão final de investimento no projeto Tiber-Guadalupe, de US$ 5 bilhões, na costa do Golfo dos EUA. A plataforma offshore é fundamental para o plano da BP de exceder o equivalente a 400.000 barris por dia de capacidade de produção na região.
- IPO da Verisure. A empresa de alarmes Verisure tem como meta um valor de mercado de até 13,9 bilhões de euros (US$ 16,3 bilhões) em uma oferta pública inicial em Estocolmo que deverá ser a maior da Europa em três anos.

🔘 As bolsas sexta-feira (26/09): Dow Jones Industrials (0,65%), S&P 500 (0,59%), Nasdaq Composite (0,44%), Stoxx 600 (0,78%), Ibovespa (0,10%)
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-- Com informações da Bloomberg News.
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