Nos últimos cinco anos, as ações americanas de grande capitalização e alto crescimento obtiveram um retorno de 130%.
Entretanto, ações de valor de pequena capitalização em mercados desenvolvidos fora dos EUA igualou esse desempenho, com menor volatilidade.
Embora a maioria dos investidores esteja concentrada em grandes empresas de tecnologia dos EUA, esses resultados mostram que a diversificação pode ser obtida mais facilmente do que parece.
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Um relatório recente do Bank of America analisa 11 fundos negociados em bolsa (ETFs) de pequenas empresas internacionais, sobre os quais mantém uma opinião favorável. Entre os fundos com melhor classificação estão DISV, AVDV, ISVL, DFIS e FNDC. Três deles são gerenciados ativamente e pertencem a empresas que entraram no mercado de ETFs nos últimos anos.
O segredo
A análise destaca que o forte desempenho dessas ações é parcialmente explicado por sua composição setorial e geográfica. Em comparação com os índices de grande porte, os ETFs de pequena capitalização apresentam uma exposição maior a setores ligados a ativos reais, como o industrial (+15%), e uma participação menor de empresas de tecnologia (-28%).
Há também um excesso de peso no Japão (+8%), onde as reformas corporativas estão aumentando as avaliações, em comparação com a Europa (-12%), onde o dinamismo é mais fraco.
Os valores de avaliação também mostram uma relativa atratividade. Em média, os ETFs internacionais de pequena capitalização são negociados a 12 vezes o lucro esperado, em comparação com 15 vezes para fundos maiores e 27 vezes para ações de grande crescimento dos EUA. Além disso, os lucros dessas empresas estão crescendo em um ritmo mais rápido.
Redução da atenção do investidor
O relatório observa que as ações internacionais de valor e de pequena capitalização oferecem uma correlação baixa - apenas 0,4 - com as ações de grande crescimento dos EUA, o que as torna uma alternativa útil para a diversificação de portfólios, de acordo com o BofA. Mesmo assim, diz o banco de investimentos, elas recebem apenas dois terços da cobertura dos analistas que as ações globais de grande porte têm e atraem fluxos menores.
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De modo geral, os resultados mostram que as ações menores com fundamentos sólidos fora dos Estados Unidos estão obtendo um desempenho comparável ao dos gigantes da tecnologia, mas com menor risco.
Para os investidores que buscam ampliar sua exposição global, o segmento de small caps internacionais surge como uma oportunidade que, até o momento, passou despercebida, de acordo com essa visão.








