Bloomberg — A UEFA decidiu reformular o processo de licitação para a transmissão de sua principal competição, a Champions League, em parte devido ao objetivo do órgão dirigente do futebol europeu de aumentar seu apelo a provedores de streaming, como Amazon e Netflix.
As emissoras e os provedores de streaming agora poderão concorrer aos direitos em vários mercados ao mesmo tempo, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto ouvida pela Bloomberg News. Anteriormente, os principais mercados eram licitados em momentos diferentes, dependia dos contratos existentes e dificultava as licitações agrupadas.
A Champions League é o principal torneio anual da UEFA e gera bilhões de receita comercial a cada temporada. No entanto, os direitos de mídia têm sido fragmentados, e cerca de 100 emissoras diferentes compram vários pacotes.
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A UEFA está agora discute o potencial para contratos de longo prazo, disse a pessoa, pedindo para não ser identificada ao discutir informações privadas.
A UEFA alterou suas regras há mais de duas décadas, em parte devido à pressão da Comissão Europeia, para encurtar os contratos típicos para três anos a fim de aumentar a concorrência.
Um processo renovado também pode incluir uma oferta global, que potencialmente permitiria que um único fornecedor exibisse um jogo em todo o mundo pela primeira vez, de acordo com a pessoa. A UEFA está pronta para lançar as licitações para o ano de 2027 em diante nas próximas semanas, disseram eles.
Será levado em consideração o alcance e o apoio promocional e não apenas o peso financeiro das propostas, acrescentou a pessoa.
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A UEFA é assessorada pela Relevent Football Partners, uma subsidiária da Relevent Sports, sediada nos EUA, e pela UC3, o braço comercial da UEFA e da Associação Europeia de Clubes.
Os representantes da Relevent e da UC3 não quiseram comentar.
Os acordos de longo prazo provavelmente foram cada vez mais atraentes para a UEFA após o sucesso de seu acordo nos EUA.
Em 2022, a Paramount fechou um acordo de longo prazo de US$ 1,5 bilhão para os direitos de mídia dos EUA para os jogos de futebol da Liga dos Campeões até 2030.
O processo de licitação nos EUA foi conduzido pela Relevent Sports, co-fundada pelo proprietário do Miami Dolphins, Stephen M. Ross.
Inicialmente, a Relevent ganhou os direitos de intermediar os acordos de mídia da UEFA nos Estados Unidos depois de derrotar outras agências, como a Octagon e a IMG da Endeavor, em parte por prometer vender os direitos por pelo menos US$ 250 milhões por ano.
Após o acordo nos EUA, em março deste ano, a Relevent ganhou o mandato para representar a mídia global da UEFA e os direitos de patrocínio para o ciclo 2027-2033.
Os gigantes do streaming cada vez mais adicionam grandes eventos esportivos às suas ofertas, mas até agora têm se concentrado principalmente em jogos emblemáticos, em vez de pacotes de toda a temporada.
Recentemente, a Netflix concordou em transmitir o Home Run Derby da Major League Baseball, um evento único, e este ano exibirá o Christmas Gameday da National Football League.
Atualmente, os cinco principais mercados europeus da UEFA apresentam uma mistura de streamers e emissoras.
De acordo com o site do órgão, a França e a Espanha não utilizam streamers, com os jogos sendo transmitidos pelo Canal+ e Telefonica, respectivamente.
Em 2022, a Amazon garantiu um acordo de três anos com a UEFA para os direitos de transmissão de determinados jogos da Liga dos Campeões no Reino Unido. Esse acordo está previsto para ser concluído em 2027. A empresa de tecnologia dos EUA também adquiriu direitos separados para exibir jogos na Alemanha e na Itália.
As competições masculinas de clubes da UEFA - Liga dos Campeões, Liga Europa, Liga da Conferência e Supercopa - estão projetadas para gerar um mínimo de 4,4 bilhões de euros (US$ 5,2 bilhões) em receita comercial bruta a cada temporada até 2027.
Na última temporada, a Liga dos Campeões introduziu um formato de liga maior, com um número maior de jogos.
Essa mudança resultou em um aumento de 18% na receita de transmissão em seus seis principais mercados, de acordo com um relatório do provedor de pesquisa Enders Analysis.
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