Bloomberg — A União Europeia deu um passo importante na direção da aprovação do acordo comercial com o Mercosul ao definir as medidas para proteger os agricultores quando o pacto for adotado.
Em uma reunião na quinta-feira (6), os Estados-membros da UE deram um aval preliminar às salvaguardas, de acordo com pessoas familiarizadas com as negociações.
As medidas protegeriam os produtores agrícolas e de alimentos da concorrência de preços baixos ou de aumentos de importações dos novos parceiros comerciais - Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
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A Comissão Europeia, braço executivo da UE, propôs as proteções para apaziguar a França e outros países que temem que o pacto comercial possa prejudicar os agricultores da UE.
O acordo comercial com o Mercosul seria o maior da história da UE, concluído após mais de 25 anos de negociações.
Pelo acordo, as empresas europeias economizariam mais de 4 bilhões de euros (US$ 4,6 bilhões) em tarifas anualmente e expandiriam seu acesso aos mercados do Mercosul, segundo a Comissão.
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Além disso, o acordo aproximaria as duas regiões, uma vez que as tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, abalam o sistema de comércio global, e a China restringe o acesso a minerais importantes.
Ambos os lados têm pressionado para assinar o acordo durante a próxima cúpula do Mercosul no Brasil, que pode ser realizada em 20 de dezembro.
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