Bloomberg — O secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que “não há pressa” em escolher um sucessor para o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e que o indicado poderia vir dos atuais membros da diretoria ou dos diretores dos bancos distritais.
“Há muitos candidatos fortes, inclusive vários que fazem parte da diretoria principal e talvez presidentes de bancos regionais”, disse Bessent no programa da Bloomberg Television na quarta-feira. Ele não identificou nenhum nome específico.
Relatórios indicaram que o próprio Bessent, juntamente com o diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett, o ex-membro da diretoria do Fed, Kevin Warsh, e o atual governador Christopher Waller estão entre os nomes do grupo de candidatos do presidente Donald Trump para a presidência. Bessent disse que “a lista é muito, muito longa”.
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“Não vou falar sobre o processo, mas estamos iniciando o processo”, disse o chefe do Tesouro. “Obviamente, a decisão será do presidente Trump, e não temos pressa.”
O mandato de Powell como presidente do Fed termina em maio. Ele tem um mandato separado como membro do conselho, que termina em janeiro de 2028. Bessent disse que Powell ainda não havia lhe dito se deixaria a diretoria antes de 2028, mas “minha convicção é que ele deixará”.
“Acho que seria muito bom para a instituição que ele o fizesse”, disse Bessent. “E acho que seria muito bom para ele, pessoalmente, fazê-lo.”
Revisão do Fed
Bessent também disse que ficou “um pouco surpreso” com o fato de o ex-Presidente da Pacific Investment Management Mohamed El-Erian, na terça-feira, ter pedido a Powell que renunciasse.
El-Erian, presidente do Queens College da Universidade de Cambridge, postou no X que Powell deveria renunciar se seu “objetivo for salvaguardar a autonomia operacional do Fed”.
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“Seria um favor para o presidente Powell - e ele estaria fazendo um favor para a instituição - se ele fizesse uma revisão interna” das atividades do Fed fora da política monetária, disse Bessent. Ele disse que “o desvio de missão do Fed está colocando em risco sua independência da política monetária”.
“Uma revisão interna seria um bom começo. E se a revisão interna não parecer séria, então talvez possa haver uma revisão externa”, acrescentou.
Bessent disse que as reuniões regulares entre ele e o chefe do Fed continuam como sempre, e que “temos uma comunicação contínua”.
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