Roubo no Louvre: quadrilha invade museu e leva joias históricas

Segundo o ministro do Interior, Laurent Nunez, a ação ocorreu na manhã de domingo e durou apenas alguns minutos; ‘joias de valor histórico e incalculável foram levadas’, disse ele

Louvre
Por Claudia Cohen
19 de Outubro, 2025 | 10:18 AM

Bloomberg — O mundialmente famoso Museu do Louvre, em Paris, foi fechado neste domingo (19) após o roubo de várias joias de valor inestimável em um assalto audacioso.

Em entrevista à rádio France Inter, o ministro do Interior, Laurent Nunez, afirmou que várias pessoas entraram no Louvre naquela manhã, em um episódio que classificou como um “grande roubo”, ocorrido em questão de minutos.

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Segundo o ex-chefe da polícia de Paris, tratava-se “claramente de uma equipe que sabia o que estava fazendo”, já que as janelas haviam sido cortadas com uma ferramenta elétrica.

“Joias de valor histórico e incalculável foram levadas”, disse Nunez. “Mas, neste momento, não posso dar mais detalhes.”

Ele acrescentou que as autoridades “estão trabalhando intensamente para encontrar os autores do crime”, confirmando que ninguém ficou ferido.

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Mais tarde, a ministra da Cultura, Rachida Dati, declarou ao canal TF1 que a quadrilha invadiu a Galerie d’Apollon — uma suntuosa sala no primeiro andar da Petite Galerie que abriga as joias da coroa francesa desde 1887 — e que uma das peças foi recuperada durante a fuga.

Segundo o jornal francês Le Parisien, várias joias pertencentes a Napoleão e à imperatriz Eugênia foram roubadas.

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Símbolo mundial da cultura francesa, o Louvre é um dos locais mais protegidos da capital. Apesar disso, o museu já foi alvo de invasões em outras ocasiões — a mais célebre em 1911, quando a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, foi roubada.

Houve também tentativas contra obras como A Liberdade Guiando o Povo, de Eugène Delacroix, e A Onda, de Gustave Courbet.

Após o assalto, o Ministério Público de Paris anunciou a abertura de uma investigação por “roubo organizado e conspiração criminosa”.

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Segundo o ministro do Interior, três ou quatro ladrões chegaram próximos ao museu por volta das 9h30 da manhã de domingo, em potentes scooters TMax. Eles fugiram do local e estão sendo procurados.

O caso deve aumentar o escrutínio sobre a vulnerabilidade dos museus e instituições culturais da França diante do crime organizado.

No mês passado, ladrões invadiram o Museu de História Natural de Paris e roubaram pepitas de ouro raras avaliadas em cerca de € 600.000 (US$ 702,6 mil), segundo jornais franceses — o crime coincidiu com a disparada do preço do ouro.

No início deste ano, o presidente Emmanuel Macron lançou o ambicioso projeto “Renascimento”, um plano de dez anos para reformar o Louvre, que incluía medidas para reforçar a segurança do museu.

“A vulnerabilidade dos museus é um problema antigo”, disse Dati. “Essas instituições precisam se adaptar às novas formas de criminalidade.”

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