Mesmo com alívio, tarifas dos EUA sobre o café seguem muito altas, diz Alckmin

Governo brasileiro continuará a negociar por melhores condições dos EUA sobre as exportações de café, depois que a decisão do presidente Donald Trump de reduzir as tarifas recíprocas de 10% não levaram a alívio relevante ao setor

Produtores de café que exportam para os EUA tiveram queda nos embarques diante de tarifas que chegavam a 50%
Por Raphael Almeida - Augusta Saraiva
17 de Novembro, 2025 | 12:21 AM

Bloomberg — O Brasil continuará a pressionar e a negociar para obter mais alívio tarifário dos Estados Unidos sobre as exportações de café, depois que a decisão do presidente Donald Trump de reduzir os impostos quase não afetou seu maior fornecedor.

“Vamos continuar trabalhando para reduzir ainda mais”, disse o vice-presidente Geraldo Alckmin a repórteres em Brasília no sábado (15). “No caso do café, não faz sentido, 40% ainda é alto.”

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Trump emitiu uma ordem na sexta-feira (14) que reduz as tarifas recíprocas sobre produtos que incluem café, carne bovina, tomates e bananas, uma medida que visa reduzir os custos dos mantimentos, já que o governo enfrenta pressão dos eleitores para reduzir os preços dos produtos de uso diário.

Leia mais: Trump reduz tarifa de café e carne bovina ante alta dos preços e beneficia o Brasil

O Brasil, que enfrenta uma sobretaxa adicional de 40% além das tarifas recíprocas, continua com taxas exorbitantes sobre as suas exportações.

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Isso o coloca em desvantagem em relação a países como o Vietnã, cujas exportações de café estão agora totalmente isentas, disse Alckmin.

Desde agosto, as exportações brasileiras enfrentavam tarifas de 50%, compostas pela tarifa recíproca de 10% e uma taxa adicional de 40%.

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