Bloomberg Línea — A taxa de participação no mercado de trabalho - a proporção de pessoas em idade ativa que estão trabalhando ou procurando emprego - está, em média, em 62,6% na América Latina e no Caribe, de acordo com o Panorama Laboral 2024 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Os dados abrangem 17 países e tomam como referência o segundo trimestre de 2024.
Países com as maiores taxas de participação
Esta é a taxa de participação no mercado de trabalho na América Latina e no Caribe, país por país:
- Bolívia: 78,3%
- Perú: 70,2%
- Santa Lúcia: 69,7%
- Paraguai: 69,5%
- Jamaica: 68,8%
- Ecuador: 65,7%
- República Dominicana: 65,3%
- Uruguai: 64%
- Colômbia: 63,9
- Barbados: 63,5%
- Panamá: 63,3%
- Brasil: 62,1%
- Chile: 62,1
- Argentina: 61,1%
- México: 60,2%
- Costa Rica: 56,2%
- Trinidad e Tobago: 54,5%
Conforme destacado pela OIT, a oferta de mão de obra na região, medida pela taxa de participação, permaneceu relativamente estável, embora ainda abaixo dos níveis de 2019. Como resultado da ligeira expansão do emprego e da estabilidade da participação da mão de obra, a taxa de desemprego regional continuou a diminuir em 2024.
No entanto, no longo prazo, a região não tem feito progressos significativos em termos de emprego há mais de uma década, já que nem a taxa de participação nem a taxa de emprego superaram substancialmente os níveis de 2012.
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Por outro lado, a OIT observou que as lacunas na taxa de participação econômica entre as áreas urbanas e rurais são significativas. Nas áreas rurais, a taxa de participação é 3,2 pontos percentuais menor do que nas áreas urbanas. Além disso, a taxa de desemprego urbano (6,4%) diminuiu em comparação com a de 2019 (9,6%), enquanto nas áreas rurais diminuiu de 6,2% para 4,4%.
Diferença de gênero
As diferenças de trabalho entre homens e mulheres continuam persistentes. No segundo trimestre de 2024, a taxa de participação feminina era de 52,1%, significativamente menor do que a dos homens (74,3%). A taxa de emprego feminino (48,4%) também foi 22 pontos percentuais menor do que a taxa masculina (70,4%), e a taxa de desemprego feminino foi maior (7,2%) em comparação com a taxa masculina (5,2%).
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Embora as diferenças na participação no mercado de trabalho e no emprego entre homens e mulheres tenham diminuído, o progresso continua lento e as diferenças de gênero continuam a afetar o mercado de trabalho.