Bloomberg — Os legisladores de Hong Kong aprovaram um projeto de lei para eliminar gradualmente pequenas unidades residenciais de baixa qualidade, enquanto o governo se mobiliza para atender ao apelo de Pequim para melhorar as condições de vida na cidade.
De acordo com o novo projeto de lei aprovado na sexta-feira (26), os chamados apartamentos subdivididos devem ter pelo menos 8 metros quadrados e estar equipados com banheiro separado, instalações de segurança contra incêndio, iluminação e ventilação.
A repressão surge na sequência das preocupações levantadas por Pequim sobre as chamadas “casas-gaiola” da cidade, ou unidades minúsculas, frequentemente alugadas para pessoas de baixa renda.
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Embora as medidas visem melhorar os padrões de vida, grupos que atendem pessoas desfavorecidas em Hong Kong alertaram que as medidas podem aumentar os aluguéis de moradias populares e que a oferta dessas unidades acessíveis pode diminuir.
A crise imobiliária de Hong Kong, que já dura anos, pouco contribuiu para facilitar a acessibilidade para a parcela mais pobre da população.
Idosos, novos imigrantes e jovens trabalhadores frequentemente dependem de unidades subdivididas.
A renda mediana dos inquilinos pesquisados era de HK$ 7.200 (US$ 925) por mês, enquanto o aluguel mediano de uma unidade subdividida era de HK$ 4.500, de acordo com um relatório de março da Sociedade para Organização Comunitária em Hong Kong, uma organização não governamental.
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Mais de 200.000 pessoas vivem em cerca de 110.000 unidades subdivididas em Hong Kong, segundo dados do governo.
As autoridades permitirão que os proprietários registrem seus imóveis atuais a partir de março, concedendo-lhes um período de carência para que posteriormente realizem as melhorias necessárias para atender aos novos padrões, de acordo com o projeto de lei.
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