CPI: núcleo da inflação dos EUA desacelera a 2,6% em novembro, menor nível desde 2021

Dados mostram alívio das pressões inflacionárias, embora relatório tenha limitações por falta de informações de outubro em razão do shutdown

Presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou na semana passada que os dados do CPI “podem estar distorcidos” devido à paralisação do governo, encerrada em 12 de novembro. (Foto: Bloomberg)
Por Mark Niquette
18 de Dezembro, 2025 | 11:20 AM

Bloomberg — O núcleo da inflação dos EUA desacelerou em novembro na comparação anual ao ritmo mais lento desde o início de 2021, oferecendo um alívio após meses de pressões persistentes sobre os preços, segundo um relatório prejudicado pela paralisação do governo federal.

O núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI) — que exclui alimentos e energia, categorias mais voláteis — subiu 2,6% em novembro, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo Bureau of Labor Statistics (BLS).

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Dois meses antes, a alta anual era de 3%. Já o CPI cheio avançou 2,7% em relação a um ano antes.

O BLS não conseguiu coletar grande parte dos dados de preços de outubro por causa do shutdown do governo, o que limitou a capacidade do órgão de calcular variações mensais para as medidas mais amplas de inflação e para várias categorias-chave em novembro.

O BLS informou que o núcleo do núcleo do CPI subiu 0,2% nos dois meses encerrados em novembro, contido por quedas nos custos de hospedagem em hotéis, recreação e vestuário. Em contrapartida, os preços de móveis domésticos e produtos de cuidados pessoais aumentaram.

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Apesar das várias ressalvas, o relatório traz sinais de que as pressões inflacionárias começam a arrefecer, após permanecerem presas em uma faixa estreita desde o início do ano.

Os futuros dos índices acionários ampliaram os ganhos, enquanto os rendimentos dos Treasuries e o dólar recuaram após a divulgação dos dados.

Ainda não está claro se o relatório do CPI influenciará os formuladores de política do Federal Reserve, que seguem divididos sobre o rumo dos juros no próximo ano. Na semana passada, o Fed cortou as taxas de juros pela terceira reunião consecutiva, buscando se proteger contra uma deterioração mais preocupante do mercado de trabalho.

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O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou na semana passada que os dados do CPI “podem estar distorcidos” devido à paralisação do governo, encerrada em 12 de novembro.

-- Em atualização.

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