China restringe envio de insumos para fentanil aos EUA após acordo comercial com Trump

Medida representa um passo no cumprimento da promessa da China de combater o fluxo de ingredientes opioides sintéticos para os EUA, que Trump citou como motivo para aumentar as tarifas sobre os produtos chineses no início deste ano

Medida representa um passo no cumprimento da promessa da China de combater o fluxo de ingredientes opioides sintéticos para os EUA
Por Bloomberg News
10 de Novembro, 2025 | 08:51 AM

Bloomberg — A China adicionou mais de uma dúzia de precursores de fentanil a uma lista de exportações controladas para EUA, México e Canadá, em uma aparente medida para implementar os compromissos assumidos em um acordo comercial firmado entre Xi Jinping e Donald Trump no mês passado.

O Ministério do Comércio da China, juntamente com quatro outras agências governamentais, impôs novos requisitos de licença de exportação para o envio de 13 precursores químicos para as três nações norte-americanas, informou a emissora estatal CCTV na segunda-feira (10). As substâncias controladas incluem vários derivados de piperidina e famílias inteiras de compostos relacionados usados na fabricação de fentanil.

PUBLICIDADE

Essa medida representa um passo no cumprimento da promessa da China de combater o fluxo de ingredientes opioides sintéticos para os EUA, que Trump citou como motivo para aumentar as tarifas sobre os produtos chineses no início deste ano.

Leia também: Da soja ao frango: China suspende tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA após acordo

A taxa dessas tarifas foi reduzida pela metade, para 10%, a partir de segunda-feira, como parte do acordo entre Xi e Trump que estabilizou os laços entre as duas maiores economias do mundo.

PUBLICIDADE

Como parte do acordo comercial mais amplo de outubro, Pequim se comprometeu a “tomar medidas significativas para acabar com o fluxo de fentanil para os Estados Unidos”, de acordo com uma declaração da Casa Branca.

O diretor do FBI, Kash Patel, visitou a China na semana passada para discutir as questões de narcóticos e fiscalização, informou a Reuters.

Leia também: China avalia retomar importações de trigo americano após trégua comercial com Trump

PUBLICIDADE

Na segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores da China disse que não tinha informações a fornecer sobre a viagem de Patel, quando perguntado sobre isso em uma coletiva de imprensa regular em Pequim na segunda-feira.

Separadamente, os Estados Unidos e a China suspenderam as taxas portuárias dos navios uns dos outros por um ano e suspenderam as investigações sobre as práticas marítimas, em outro sinal de alívio das tensões.

Veja mais em bloomberg.com