Bloomberg — O principal diplomata da China expressou apoio à Venezuela na quarta-feira, criticando a coerção unilateral horas depois que o presidente Donald Trump ordenou o bloqueio de navios petroleiros para aumentar a pressão sobre a nação sul-americana.
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse ao seu colega venezuelano Yvan Gil que Pequim se opõe à “intimidação unilateral” e apoia todos os países na salvaguarda de sua soberania e dignidade nacional, de acordo com uma declaração do Ministério das Relações Exteriores da China.
Embora Wang não tenha mencionado os EUA diretamente, os comentários foram feitos menos de um dia depois que Trump anunciou a ação naval nas mídias sociais.
A ação marca uma escalada significativa na campanha de Washington para destituir o líder socialista do país, Nicolas Maduro.
Leia também: Trump amplia bloqueio ao petróleo da Venezuela, mas efeito sobre mercado é limitado
Wang acrescentou que a Venezuela tem o direito de desenvolver uma cooperação mutuamente benéfica com outros países, e que a China acredita que a comunidade internacional apoia a posição da Venezuela.
Na terça-feira, o republicano ordenou um bloqueio de petroleiros sancionados que entram e saem do país.
“O choque para eles será como nada que já tenham visto antes”, escreveu Trump em um post no Truth Social.
Leia também: Brasil e México se oferecem para mediar a disputa entre Trump e Maduro
Maduro, falando na TV estatal venezuelana, disse que conversou “longamente” na quarta-feira com o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres. No mesmo dia, a Venezuela solicitou que o Conselho de Segurança da ONU se reunisse para discutir a “agressão contínua dos EUA”, informou a Reuters.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, disse aos repórteres em uma coletiva de imprensa regular na quinta-feira que a China apoiou essa solicitação.
--Com a ajuda de Lucille Liu.
Veja mais em bloomberg.com
©2025 Bloomberg L.P.







