:quality(75)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/bloomberglinea/FDGKC2OIPZHLDMHG7X574KG23U.jpeg "Navios de transporte de petróleo estão evitando cruzar o Mar Vermelho em razão do aumento da insegurança com ataques de rebeldes do Iêmen")
Bloomberg — Entregas de petróleo da Arábia Saudita e do Iraque, totalizando quase 9 milhões de barris, estão atrasadas devido à mudança de rota de navios para contornar a África, em vez de transitar pelo Mar Vermelho.
Navios carregados de petróleo bruto e produtos refinados neste mês dos portos de Ras Tanura e Jubail, na Arábia Saudita, e Basra, no Iraque, mudaram de rumo, afastando-se do estreito de Bab-el-Mandeb, na entrada do Mar Vermelho, de acordo com dados de rastreamento de navios da Bloomberg.
A maioria desviou a rota a partir do 12 de janeiro, quando forças militares americanas e britânicas atingiram os houthis no Iêmen com ataques aéreos e os militantes disseram que intensificariam os ataques em resposta.
Os navios desviados seguem em direção à África. Essa é uma viagem mais longa do Oriente Médio para refinarias e consumidores na Europa. O desvio pode adicionar mais de duas semanas no tempo de navegação em comparação com a viagem do Golfo Pérsico pelo Mar Vermelho e o Canal de Suez.
Os desvios e os atrasos ressaltam o caos na indústria de transporte marítimo, que se estende para a economia em geral e aumenta o risco de inflação à medida que os fluxos de alimentos e outros produtos são interrompidos.
Os chefes das maiores transportadoras do mundo esperam que a ameaça persista por meses, mesmo enquanto os Estados Unidos continuam a mirar os houthis na tentativa de deter os ataques.
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Embora os navios-tanque de petróleo não pareçam ter sido intencionalmente alvo até o momento, muitos proprietários de navios querem evitar o risco.
O Oriente Médio, que produz cerca de um terço do petróleo do mundo, envia a maior parte dele para a Ásia e essas remessas não são afetadas. Os preços do petróleo em Londres estão abaixo de US$ 80 por barril.
Mas as vendas para a Europa se tornaram mais importantes depois que o continente cortou em grande parte as importações de energia da Rússia. Redirecionar os navios-tanque adiciona custos de transporte e os atrasos podem criar ineficiências no mercado.
Pelo menos dois navios que carregam quase 3 milhões de barris de petróleo bruto e produtos refinados da Arábia Saudita provavelmente terão atrasos após o carregamento no Golfo Pérsico neste mês. Outros cinco navios-tanque com até 6 milhões de barris de petróleo bruto do Iraque também desviaram do Mar Vermelho.
-- Com a colaboração de Alex Longley.
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