Bloomberg Línea — Na Fórmula 1, cifras astronômicas tornaram o automobilismo o esporte mais caro do mundo. Isso se deve à combinação peculiar de tecnologia e inovação que é necessária, juntamente com normas orçamentárias rigorosas e limites impostos a quem pode participar.
Os grandes números começam com os monopostos, veículos projetados para acomodar apenas uma pessoa, que são alguns dos carros mais exigentes, cujo custo inicial em 2025 é de US$ 16 milhões e pode chegar a US$ 20 milhões dependendo do equipamento e da personalização, de acordo com a BeInsports .
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O custo de um carro como esse inclui componentes vitais, como o chassi, uma das peças mais importantes feitas de materiais leves e de alta resistência, como a fibra de carbono.
“A unidade de potência híbrida e a transmissão é o que esvazia os bolsos da maioria das equipes”, diz a Sportskeeda, que observa que as três unidades de potência que elas podem usar por temporada custam cerca de US$ 10,4 milhões.
Outros elementos de alto custo incluem sistemas de suspensão avançados que chegam a US$ 4 milhões.
Os altos preços são atribuídos à qualidade dos materiais e aos requisitos de projeto de cada elemento para agregar precisão e desempenho.
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Além da equação exorbitante, há despesas regulares, como combustível. Encher o tanque de um dos veículos tem um custo de pelo menos US$ 400.000, estima o Sportskeeda. O valor também é suscetível ao impacto das variações internacionais no preço da gasolina e de outros combustíveis.
Mas a Sotheby’s International Realty adverte que a mera capacidade financeira não é suficiente para participar: “A estrutura da F1 só permite a participação de 10 equipes, e os novos participantes devem comprar uma equipe existente”, diz um artigo da empresa de imóveis de luxo.
Um fator que coloca a Fórmula 1 no topo dos esportes mais caros é a blindagem financeira e as regulamentações sobre quanto dinheiro as equipes podem investir em pesquisa, desenvolvimento, testes e operações, entre outras despesas.
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O setor chama isso de cost cap e é o limite orçamentário imposto a partir de 2021 pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) às equipes para controlar os gastos durante a temporada e nivelar o campo de jogo.
“O limite visa promover a sustentabilidade financeira e a igualdade competitiva entre as equipes, estabelecendo um limite orçamentário rigoroso”, explica o escritório de advocacia esportiva Global Sports Advocate.
Para a temporada de 2026, a FIA determinou que o limite será de US$ 215 milhões.