Bloomberg — A Richemont registrou vendas melhores do que as esperadas no segundo trimestre, uma vez que consumidores ricos compraram mais anéis e pulseiras Cartier, desafiando uma desaceleração mais ampla dos produtos de luxo.
As vendas da divisão de joias, a maior da Richemont, aumentaram 11% a taxas de câmbio constantes no trimestre encerrado em junho, informou o grupo suíço de luxo nesta quarta-feira (16). Os analistas haviam previsto um ganho de 8,6%. No geral do grupo, as vendas aumentaram 6%, acima das expectativas.
O setor de luxo em geral luta contra uma desaceleração causada, em parte, pelos consumidores chineses que estão reduzindo suas compras caras.
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A Richemont tem resistido a essa queda melhor do que a maioria de seus pares, ajudada pelo apelo de suas marcas de joias bem conhecidas, especialmente Cartier e Van Cleef & Arpels.
Em tempos de incerteza econômica, joias de alta qualidade são geralmente vistas como uma melhor reserva de valor do que roupas e artigos de couro caros.

“A Richemont apresentou resultados tranquilizadores, especialmente quando comparada a outros players de luxo”, disse Jean-Philippe Bertschy, analista da Vontobel, em uma nota. “O domínio da empresa e o crescimento robusto no segmento de joias continuam impressionantes”.
As ações da empresa subiram até 2,4% no início do pregão suíço nesta quarta, elevando o ganho neste ano para cerca de 12%.
A receita nas Américas e na Europa aumentou 17% e 11%, respectivamente, durante o período, ajudada pelos gastos dos turistas na Europa e pela demanda local.
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A região que inclui a China ficou estável, uma melhora em relação aos três meses anteriores, quando as vendas caíram 7%.
A divisão de relógios especializados da Richemont, que inclui marcas como Jaeger-LeCoultre e Piaget, viu as vendas caírem 7%, em linha com as estimativas.
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