Bolsonaro terá que usar tornozeleira eletrônica e não acessar redes por ordem do STF

Ex-presidente brasileiro foi alvo de operação da Polícia Federal nesta manhã, com autorização do STF, no caso em que será julgado pela suspeita de tentativa de golpe de Estado; ele terá também que cumprir recolhimento noturno em sua casa

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro será obrigado a usar um monitor eletrônico no tornozelo depois que a polícia cumpriu mandados de busca contra ele na sexta-feira (18), segundo a imprensa
Por Daniel Carvalho
18 de Julho, 2025 | 09:47 AM

Bloomberg — O ex-presidente Jair Bolsonaro será obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica depois que a Polícia Federal cumpriu mandados de busca contra ele em sua casa em Brasília nesta manhã de sexta-feira (18), com mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com diferentes empresas de mídia.

A informação foi confirmada pelo líder do Partido Liberal (PL) na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, à Agência Brasil.

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Bolsonaro, que está prestes a ser julgado por uma suposta tentativa de golpe, também enfrentará restrições quanto ao uso de mídias sociais, disse a mídia local.

Ele terá também terá que cumprir recolhimento entre as 19h e as 7h da manhã, de acordo com jornais e TVs.

Seu advogado não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Bloomberg News.

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Em nota de seus advogados a outros veículos de mídia, a defesa de Bolsonaro disse:

“A defesa do ex-Presidente Jair Bolsonaro recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas contra ele, que até o presente momento sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário. A defesa irá se manifestar oportunamente, após conhecer a decisão judicial”.

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A Polícia Federal disse em um comunicado que cumpriu dois mandados de busca e apreensão, “além de medidas cautelares diversas da prisão”.

A declaração não mencionou Bolsonaro pelo nome, mas se referiu ao caso em que ele está envolvido perante o Supremo Tribunal Federal.

O STF não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

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A operação policial foi autorizada pelo STF, que atraiu críticas recentes do presidente dos EUA, Donald Trump.

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O presidente americano afirmou que haveria uma suposta uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro e seus apoiadores, no que foi classificado pelo governo brasileiro como uma ofensa à soberania do país e uma tentativa indevida de interferência.

-- Em atualização.

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