Restrição na oferta impulsiona preço do açúcar após maior queda em um ano

Clima mais seco no Brasil prejudicará as lavouras; real mais fraco também é fator determinante nos preços e deve ser monitorado por traders nos próximos dias

Preços do açúcar subiram até 2,2% em Nova York nesta segunda (22) (Foto: Bloomberg)
Por Celia Bergin
22 de Abril, 2024 | 11:18 AM

Bloomberg — Os contratos futuros de açúcar subiram em Nova York à medida que os sinais de uma oferta mais restrita impulsionaram os preços que, na semana passada, caíram para o nível mais baixo em mais de um ano.

O clima mais seco no Brasil nos próximos dias prejudicará as lavouras, segundo uma previsão da Maxar Technologies, e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu a estimativa de produção para o país no período 2023-2024.

Além disso, a produção de cana-de-açúcar da Tailândia na última temporada foi mais de 12% menor em relação ao ano anterior, devido à seca e aos custos mais altos, informou o governo.

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Os futuros de açúcar bruto caíram 3,1% na semana passada, em parte devido a um real mais fraco – o que incentiva mais exportações – e ao otimismo em relação à produção da Índia, devido às previsões de fortes chuvas de monção.

Os gestores de fundos de investimento passaram para uma posição líquida de venda (aposta na queda) pela primeira vez desde 2022.

Fonte: ICE Futures USdfd

Nesta segunda-feira (22), os preços subiam até 2,2% em Nova York.

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Os preços começaram a se movimentar depois de algumas notícias de oferta e demanda otimistas “após um começo brutal de abril”, disse a empresa de research The Hightower Report em nota.

Ainda assim, a direção do real será observada de perto pelos traders “pois uma retomada da queda da moeda brasileira poderia desencadear uma ação semelhante no açúcar”.

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