Bloomberg Línea — A JBS (JBSS3) reportou um lucro líquido de R$ 2,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, avanço de 77,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
A receita líquida para o período foi de R$ 114,1 bilhões, aumento de 28%. O Ebitda ajustado somou R$ 8,9 bilhões, aumento de 38,9%. A margem Ebitda ajustada ficou em 7,8%, aumento de 0,6 ponto percentual em relação ao ano passado.
Segundo o balanço financeiro divulgado na noite desta terça-feira (13), as operações de aves e suínos no Brasil e nos Estados Unidos, por meio das unidades Seara e Pilgrim’s, foram os principais motores do desempenho da companhia no trimestre.
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A divisão americana da empresa, a JBS Beef North América, foi a que respondeu pelo maior montante em receita com R$ 37,5 bilhões, incremento de 36% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
O Ebitda ajustado da divisão ficou negativo em R$ 587,2 milhões.
O CEO global da empresa, Gilberto Tomazoni, disse, em nota, que o resulta demonstra a força da “plataforma global diversificada da JBS” em um período que tradicionalmente mais fraco para a indústria de proteína.
Tomazoni destacou a atuação dos negócios de aves e suínos no Brasil e nos Estados Unidos da empresa, com a Seara e a Pilgrim’s tendo registrado suas melhores margens Ebitda da história para o período de 19,8% e 14,8%, respectivamente.
“O resultado da Seara reflete o foco e a disciplina na busca da excelência operacional, e a atuação estratégica da empresa nos mercados interno e externo, com captura de valor por meio da gestão do mix de produtos, além da liderança em inovação”, disse o CEO, em nota.
“Já o resultado de Pilgrim’s foi sustentado pela demanda aquecida, disciplina na gestão de portfólio, foco na estratégia de key costumers e custos sob controle", disse.
A processadora de frangos Pilgrim’s Pride, somou R$ 26,1 bilhões em receita (aumento de 21% no período), e a margem Ebitda foi de 14,8%.
Na Seara, a receita foi de R$ 12,6 bilhões, aumento de 22% na comparação anual, enquanto o Ebitda ajustado somou R$ 2,5 bilhões, mais que o dobro (alta de 109%) em relação ao ano passado.
A operação da JBS Brasil, responsável pela marca Friboi, cresceu 30% na receita líquida, para R$ 18,5 bilhões. O Ebitda foi de R$ 766,1 milhões, com margem de 4,1%.
Na JBS Austrália, a receita líquida subiu 32%, para R$ 9,5 bilhões. Enquanto a JBS USA Pork reportou uma receita líquida de R$ 11,7 bilhões, aumento de 24% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
O conselho da empresa aprovou, em abril, o pagamento de dividendos de R$ 4,4 bilhões, o equivalente a R$ 2 por ação que serão pagos no dia 14 de maio.
A empresa também informou que irá pagar o montante de R$ 2,2 bilhões, R$ 1 por ação, caso a operação da dupla listagem das ações da JBS no Brasil e nos Estados Unidos seja aprovada pelos acionistas minoritários na assembleia extraordinária.
A empresa também reportou uma dívida menor no período: a dívida líquida ficou em US$ 14,8 bilhões, um aumento de US$ 1,2 bilhão na comparação com o quarto trimestre. Em relação ao mesmo período do ano passado, a redução foi de US$ 1,1 bilhão.
No trimestre, a alavancagem foi de 1,99x em dólar, abaixo dos 3,66x registrados no mesmo período do ano passado, o que, segundo o CEO, reflete a solidez financeira da empresa.
Caixa da JBS
A companhia informou também que encerrou o trimestre com R$ 29,7 bilhões em caixa, com US$ 3,4 bilhões disponíveis em linhas de crédito rotativas, sem garantia real, sendo US$ 2,9 bilhões na JBS USA e US$ 500 milhões na JBS Brasil.
Segundo o balanço da companhia, a disponibilidade total em caixa é de R$ 49,1 bilhões. “Esta disponibilidade é o suficiente para honrarmos todas as nossas dividas até 2032″, informou a empresa em seu balanço financeiro.
“Trimestre após trimestre, nossos resultados comprovam que fizemos as escolhas corretas na construção e gestão de nossa plataforma global multiproteínas“, disse Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS, em nota.
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