Bloomberg — A China confirmou sua aprovação da aquisição da rival Viterra pela Bunge, mas na segunda-feira delineou várias condições, incluindo o fornecimento contínuo de culturas-chave para a nação asiática a um preço “justo”.
O sinal verde de Pequim, anunciado pela Bunge no final da semana passada, foi o último grande obstáculo para a conclusão do negócio de US$ 8,2 bilhões.
Ainda assim, uma declaração da Administração Estatal de Regulamentação do Mercado do país destacou a grande parcela do comércio de soja, cevada e colza com um dos maiores compradores do mundo que a empresa combinada controlará, o que corre o risco de limitar a concorrência.
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As autoridades antitruste chinesas solicitaram que a empresa forneça essas culturas aos clientes chineses a preços de mercado justos e de maneira oportuna, confiável e suficiente.
Depois que a fusão for finalizada, a empresa também deverá informar ao órgão regulador suas vendas mensais para clientes chineses a cada trimestre e fornecer uma comparação com a média de 2021 a 2024.
A Bunge e a Viterra se comprometeram com as condições em um plano apresentado ao órgão regulador chinês este mês, disse o SAMR.
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No passado, a China utilizou medidas comportamentais para tratar de preocupações específicas, às vezes para apoiar políticas industriais ou setores estratégicos e, ocasionalmente, simplesmente para preservar a concorrência no mercado. Em outros lugares, essas medidas são vistas como difíceis de projetar e monitorar.
--Com a ajuda de Alfred Cang.
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