Bloomberg — David Solomon espera que a economia dos Estados Unidos acelere em 2026, à medida que os efeitos positivos do estímulo contínuo e dos investimentos em tecnologia superem um mercado de trabalho mais fraco e o cenário geopolítico instável.
“O gasto do governo e toda a construção de infraestrutura em IA significam que — no balanço — a economia ainda está em boa forma”, disse o CEO do Goldman Sachs, apesar do impacto das tarifas e do enfraquecimento do mercado de trabalho nos EUA.
Solomon já havia alertado em 10 de setembro que a economia americana estava perdendo força, citando as políticas comerciais do presidente Donald Trump como um fator de risco.
O executivo também prevê que as operações de fusões e aquisições nos EUA se intensifiquem ainda mais, afirmou em entrevista durante a Italian Tech Week, em Turim. Segundo ele, o “ambiente regulatório alterado” tem levado os CEOs a serem mais ambiciosos nas negociações.
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Solomon afirmou esperar uma “correção” nos mercados de ações nos próximos 12 a 24 meses. Mas isso não seria surpreendente, considerando a valorização prolongada dos papéis, especialmente nas maiores empresas de tecnologia impulsionadas por IA. “Não vou para a cama todas as noites preocupado com o que vem a seguir”, disse ele.
No Goldman Sachs, Solomon pretende investir mais em novas tecnologias para aumentar a produtividade da equipe.
“Vamos gastar US$ 6 bilhões em tecnologia este ano. Eu teria gostado de gastar oito, mas não posso, porque preciso entregar retorno aos investidores”, disse.
“Existem áreas em que o número de empregos, os empregos propriamente ditos, vai diminuir” como resultado de melhorias tecnológicas, afirmou, acrescentando que o quadro geral de funcionários do banco provavelmente aumentará nos próximos dez anos.
“Acredito que podemos continuar a crescer o Goldman Sachs e atender a um número maior de clientes, com essas ferramentas e capacidades sendo integradas à empresa, mudando nossos processos.”
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