Nubank mira público que vai além de expatriados nos EUA, diz Cris Junqueira

“Acho que isso tem a possibilidade de repercutir até mesmo em um público americano muito mais amplo, além da comunidade da América Latina”, disse a co-fundadora durante evento da Bloomberg News em Londres

Cofundadora e diretora de crescimento do Nubank, durante o painel do evento Women, Money & Power da Bloomberg News nesta quarta-feira (1) (Foto: Bloomberg)
Por Matheus Piovesana
01 de Outubro, 2025 | 12:34 PM

Bloomberg — O Nubank (NU) vê na expansão planejada para os EUA uma oportunidade de alcançar não apenas os clientes da região, mas também um público mais amplo..

“Inicialmente, é bastante óbvio que nossos primeiros clientes serão os primeiros a adotar”, disse Cristina Junqueira, cofundadora e diretora de crescimento da empresa, em um painel do evento Women, Money & Power da Bloomberg News, em Londres, nesta quarta-feira (1).

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“Acho que isso tem a possibilidade de repercutir até mesmo em um público americano muito mais amplo, além da comunidade da América Latina.”

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A empresa sediada em São Paulo disse na terça-feira que solicitou um alvará de banco nacional para seus negócios nos EUA, onde Junqueira será a diretora executiva.

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A fintech disse que poderá oferecer produtos como contas de depósito, cartões de crédito e custódia de ativos digitais assim que a licença for concedida.

O Nubank vê o mercado norte-americano como uma oportunidade “enorme”, disse Junqueira, já que alguns estados dos EUA têm economias maiores até mesmo que a do Brasil, que atualmente é o maior mercado da empresa.

Mas a executiva disse que o processo de licenciamento leva tempo e que o Nubank está buscando uma oportunidade de longo prazo nos EUA.

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O Nubank contratou vários executivos de tecnologia dos EUA este ano.

Na semana passada, nomeou Michael Rihani, ex-diretor de produtos da Coinbase, seu novo diretor de criptografia. Em agosto, contratou Eric Young, da Snap, para atuar como diretor de tecnologia.

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O banco é atualmente a empresa financeira de capital aberto mais valiosa da América Latina, depois de disputar a posição com o Itau, do Brasil, este ano.

  (Fonte: Bloomberg)

“Esse é um bom passo inicial na expansão do mercado endereçável, considerando o tamanho do mercado norte-americano”, disse Gustavo Schroden, analista do Citigroup, em uma nota na terça-feira.

“Entretanto, para os investidores, a principal preocupação é a possibilidade de a administração perder o foco”.

Junqueira disse que o Nubank não está deixando de lado as oportunidades de crescimento em seus mercados atuais, incluindo o Brasil, que ainda é sua única operação lucrativa.

“Há muito espaço para quase dobrarmos nossa receita, mesmo com a base de clientes atual apenas amadurecendo”, disse ela.

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A cofundadora do Nubank também disse que a empresa ainda não vê muito impacto da intensificação da concorrência na América Latina de rivais como Mercado Livre e Revolut.

“Claro, há mais concorrência”, disse Junqueira. “Isso é ótimo, os clientes têm mais opções, mas não estamos vendo isso impactar nosso crescimento até agora.”

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