Cinco coisas que você precisa saber para começar esta quinta-feira, 17 de julho

Congresso reage à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de validar o decreto de aumento do IOF pelo governo federal; nos EUA, atenções seguem com Trump e resultados corporativos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do STF Alexandre de Moraes em reunião no passado
17 de Julho, 2025 | 09:31 AM

A quinta-feira começa com investidores reavaliando os efeitos da revalidação do decreto do governo federal de aumento de alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde de quinta-feira.

A validade do decreto havia sido derrubada após votação do Congresso, com maioria tanto na Câmara dos Deputados como no Senado. A única exceção na medida de Moraes foi manter a invalidade do IOF maior em operações de risco sacado.

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Na ocasião do anúncio semanas atrás, analistas e economistas haviam alertado para impactos relevantes do aumento do IOF sobre o mercado financeiro.

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Confira a seguir cinco destaques desta quinta-feira (17 de julho):

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1. Câmara aprova novos gastos

Em reação de deputados à decisão de Alexandre Moraes de invalidar a medida do Congresso de derrubar o decreto sobre o aumento do IOF, a Câmara aprovou na noite de ontem um projeto para conceder R$ 30 bilhões em crédito subsidiado ao agronegócio com recursos originados com o pré-sal. O texto vai ao Senado.

2. Impacto das tarifas nos ativos

O anúncio do presidente Donald Trump de que vai taxar todos os produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos em 50% teve repercussão negativa no mercado nos últimos dias – mas com perdas moderadas.

E a expectativa entre gestores, estrategistas e analistas é que essa tendência de efeitos limitados tenha continuidade, sem mudanças estruturais nas teses positivas tanto para o Ibovespa como para o real.

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“Os impactos econômicos são relativamente limitados, e isso ocorre também na bolsa – com exceção de algumas empresas como Embraer, que são mais dependentes do mercado americano”, afirmou Fernando Ferreira, estrategista-chefe e head de research da XP, em entrevista à Bloomberg Línea.

“O Brasil não é o único que recebeu tarifas altas. Além disso, é um país de economia fechada sem tanta dependência dos EUA. Portanto, não vejo o anúncio das tarifas, por si só, como um fator que mude a cabeça do investidor estrangeiro.”

3. Mercados

O dólar voltou a subir na manhã desta quinta-feira (17) com a ação de traders que compram a moeda em momentos de baixa, após a breve onda de pânico na véspera sobre o futuro do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.

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Os futuros do S&P 500 e da Nasdaq recuavam.

A moeda americana subiu 0,30%, retomando sua alta acumulada no mês, sustentado pelo enfraquecimento das expectativas de cortes nas taxas de juros dos EUA em 2025.

As ações na Europa e na Ásia subiram depois que a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC) elevou sua perspectiva de crescimento de receita, reforçando a confiança dos investidores na força dos gastos globais com inteligência artificial.

4. Manchetes dos sites dos principais jornais

Estado de S. Paulo: PF apura vínculos de ministros do STJ com empresário investigado por corrupção no Judiciário

Folha de São Paulo: Câmara aprova flexibilização do licenciamento ambiental, governo Lula se esconde e disputa deve ir ao STF

Valor Econômico: Após confusão no plenário, Câmara aprova projeto de lei do licenciamento ambiental

O Globo: Genial/Quaest: Lula mantém vantagem sobre cotados para representar a direita em cenários para 2026

5. Agenda

EUA

  • 9h30: Pedidos iniciais de auxílio-desemprego na última semana
  • 9:30: Vendas no varejo em junho
  • 11h: Discurso de Adriana Kugler, diretora do Fed
  • 14h30: Discurso de Lisa Cook, diretora do Fed
  • 19h30: Discurso de Christopher Waller, diretor do Fed

-- Com informações da Bloomberg News.