LCA e LCI: o que são e detalhes sobre a taxa de 5% do Imposto de Renda

Esses títulos de renda fixa hoje isentos de Imposto de Renda se tornaram uma das modalidades de ativos mais populares entre investidores nos últimos anos e são destinados a financiar o agronegócio e o setor imobiliário, respectivamente

Ministério da Fazenda em Brasília: medidas para reforçar a arrecadação (Foto: Edu Andrade/Ascom/Ministério da Fazenda)
09 de Junho, 2025 | 03:26 PM

Bloomberg Línea — O governo federal anunciou neste domingo (8) que pretende acabar com a isenção do Imposto de Renda (IR) que existe para o investimento em LCI e LCA.

São dois tipos de títulos de renda fixa, que correspondem às Letras de Crédito Imobiliário e às Letras de Crédito do Agronegócio, respectivamente.

Como o próprio diz, são títulos cujos recursos captados por bancos e outros emissores junto a investidores têm o compromisso de serem destinados a financiar atividades do mercado imobiliário e da agricultura.

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O investidor que aplica seus recursos recebe em troca a partir de prazos pré-determinados o valor que destinou com a correção por uma taxa de juros pré-estabelecida (prefixado) ou variável (pós-fixado).

Neste segundo caso estão LCIs e LCAs que acompanham, por exemplo, índices de preços, como IPCA.

Os prazos de resgate podem variar de acordo com o tipo de título.

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Recentemente, o Conselho Monetário Nacional (CMN) reduziu o prazo mínimo de resgate de LCI e LCA de nove para seis meses, com início de vigência em agosto deste ano. Para títulos corrigidos pela inflação, o prazo mínimo é de 36 meses.

Com a tributação anunciada pelo governo, que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o investidor pagaria uma alíquota de 5% sobre o rendimento do papel, com uma dinâmica semelhante à que acontece, por exemplo, com títulos do Tesouro Direto.

Atualmente, títulos de renda fixa que não são isentos de IR pagam uma alíquota de 17,50%.

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