Bloomberg — O presidente do conselho de administração do HSBC, Mark Tucker, disse que deixará o cargo até o final do ano, após um mandato turbulento de oito anos.
Nesse período, ele supervisionou três mudanças de CEO, um confronto com um dos maiores acionistas do banco e uma reprimenda pública do governo dos EUA.
Tucker disse que “fundamentos sólidos” foram estabelecidos para que o maior banco da Europa crescesse desde que ele assumiu como presidente do conselho em 2017 e que esperava que o negócio prosperasse nos próximos anos, segundo comunicado divulgado na quinta-feira.
A busca pelo sucessor de Tucker está sendo conduzida por Ann Godbehere, diretora sênior independente do HSBC, à medida que o banco procura substituir seu presidente que está deixando o cargo nos próximos sete meses.
Leia também: HSBC abandona sonho de longa data de rivalizar com gigantes de Wall Street
“O conselho está conduzindo um processo minucioso para identificar o melhor candidato” e “apoiar o CEO do grupo, Georges Elhedery, e a equipe de gerenciamento mais ampla, durante o próximo período de desenvolvimento e crescimento do banco”, disse Godbehere.

Ao longo de seu mandato, Tucker supervisionou uma reformulação radical do HSBC, incluindo duas grandes reestruturações de seus negócios que o direcionaram cada vez mais para seus principais mercados na Ásia, ao mesmo tempo em que reduziu suas operações no Ocidente.
Em 2019, Tucker destituiu o então CEO do HSBC, John Flint, e no ano passado supervisionou a substituição do sucessor de Flint, Noel Quinn, por Elhedery, que se tornou o quarto CEO a trabalhar sob seu comando.
Leia também: HSBC aposta na Ásia e Oriente Médio e dobra operações de investimento
“Estou muito confiante de que, sob a liderança de Georges, o HSBC se fortalecerá cada vez mais. Desejo ao HSBC e a todos os seus acionistas sucesso e prosperidade contínuos”, disse Tucker no comunicado.
Nos últimos anos, houve uma série de crises que exigiram que Tucker ajudasse o HSBC a navegar em meio ao relacionamento cada vez mais turbulento entre os EUA e a China.
Em 2020, o banco foi criticado publicamente pelo então secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, por seu apoio a uma nova lei de segurança em Hong Kong.
Dois anos depois, uma nova crise eclodiu quando a Ping An Insurance Group da China lançou uma campanha para desmembrar o credor, uma batalha que acabou perdendo em uma votação de acionistas um ano depois.
A presidência do HSBC é um dos maiores cargos nas finanças globais. Tradicionalmente, o HSBC nomeia pessoas internas para o cargo, embora essa prática tenha terminado com a nomeação de Tucker em 2017.
Veja mais em bloomberg.com
©2025 Bloomberg L.P.