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A Era das Tarifas sob Trump

Também no Breakfast: Os efeitos da eleição americana para o Brasil | O que se espera dos EUA sob Trump, segundo Michael Bloomberg | CEO da JSL diz que estratégia de diversificação já rende frutos

07 de Novembro, 2024 | 07:12 AM
Tempo de leitura: 3 minutos

Bloomberg Línea — Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças. Bom dia!

Donald Trump se autoproclama “o homem das tarifas”: o próximo presidente dos EUA decretou taxas comerciais sobre cerca de US$ 380 bilhões em importações no seu primeiro mandato de 2016 a 2020. Agora ele promete medidas muito mais amplas, incluindo uma taxa de 10% a 20% sobre todos os bens importados e de 60% sobre produtos chineses.

Trump diz que os impostos de importação podem ajudar a aumentar a receita do governo, bem como reduzir os déficits comerciais do país e repatriar indústrias. Além disso, como ele demonstrou na última vez em que esteve no cargo, um presidente pode decretar tarifas essencialmente sozinho.

Mas análises do passado mostram que os objetivos pretendidos podem não ser exatamente alcançados. Um estudo do National Bureau of Economic Research (NBER) concluiu que as tarifas passadas de Trump não conseguiram aumentar os empregos em indústrias protegidas, ao mesmo tempo em que prejudicaram empregos em outros setores que foram afetados pela guerra comercial.

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A ameaça de Trump de deportar milhões de imigrantes sem documentos é outra fonte de alarme para muitos economistas e empresas. Isso reduziria a mão-de-obra disponível para setores que já enfrentam dificuldade de contratar, principalmente construção, lazer e hospitalidade.

Leia mais: Como as políticas de tarifas e imigração de Trump devem remodelar a economia

Donald Trump comemora a então iminente vitória nas eleições americanas na madrugada de quarta-feira (6) (Foto: Win McNamee/Getty Images North America)

No radar dos mercados

Os futuros de ações dos EUA voltam a subir, ainda que moderadamente, no day after da eleição de Donald Trump, e o dólar perdeu força, enquanto os traders continuaram a mapear o retorno de Donald Trump à Casa Branca e o que isso significa para o Fed, que anuncia nova decisão sobre os juros hoje à tarde.

- Reação na China. Ações subiram 2% nesta quinta com expectativas de que o governo anuncie nos próximos dias novas medidas de estímulo, após o encerramento de um importante encontro legislativo na sexta (8).

- Tensão na Alemanha. Diante de rachas na coalizão governista e uma economia enfraquecida, que levou à demissão do ministro das Finanças, Christian Lindner, na véspera, o primeiro-ministro Olaf Scholz decidiu convocar uma eleição em janeiro que servirá como voto de confiança de seu governo.

- Air France-KLM faz alerta. O grupo aéreo avisou que pressões de salários e manutenção devem levar os custos a subirem 3% neste ano, ante uma previsão anterior de 2%. Tais despesas em alta ajudaram a derrubar o lucro operacional em 12% no terceiro trimestre.

Leia a matéria completa sobre o que guia os mercados hoje

Os indicadores dos mercados globais nesta manhã de quinta-feira, 7 de novembro de 2024
🔘 As bolsas ontem (06/11): Dow Jones Industrials (+3,57%), S&P 500 (+2,53%), Nasdaq Composite (+2,97%), Stoxx 600 (-0,54%), Ibovespa (-0,24%)

LEIA + Siga a trilha dos mercados para conhecer as variáveis que orientaram os investidores →

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Destaques da Bloomberg Línea:

Resultados das eleições americanas ampliam pressão sobre o Brasil, diz Mansueto

Retorno de Trump à Casa Branca lança dúvidas sobre atuação e futuro do Fed

Copom eleva Selic a 11,25% ao ano e cita riscos à inflação e incertezas nos EUA

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Equipe Breakfast: Marcelo Sakate (Editor-chefe, Brasil), Filipe Serrano (Editor, Brasil), Daniel Buarque (Editor-assistente, Brasil) e Naiara Albuquerque (Editora-assistente, Brasil)
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