:quality(75)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/bloomberglinea/J4XH3257VAK7RITC5YVC5QQ75I.jpg "O Banamex é um dos maiores bancos do México e pertence ao Citi (Foto: Jeoffrey Guillemard/Bloomberg)")
Bloomberg — O Banamex, do Citigroup (C), “poderia representar uma boa oportunidade” para o México possuir um banco, disse o presidente Andrés Manuel Lopez Obrador nesta quarta-feira (24), depois que o banco americano anunciou que interromperia a venda direta da unidade.
AMLO, como o presidente é conhecido, disse ter sido informado na terça-feira (23) que as negociações foram interrompidas entre o Citi e o Grupo Mexico SAB, do bilionário German Larrea, que estava perto de fechar um acordo de US$ 7 bilhões para a unidade. “Isso é entre eles”, disse.
O Citi disse nesta quarta que interromperia as negociações para negociar o banco após mais de um ano de negociações e que agora planeja vender ações do Banamex em uma oferta pública inicial (IPO).
Isso abre espaço para que o governo mexicano busque ser um sócio do banco, ponderou AMLO em seu diário matinal, acrescentando que o país poderia gastar até US$ 3 bilhões em uma participação no Banamex.
Ele acrescentou que entraria em contato com o ministro das Finanças para iniciar conversas sobre a possibilidade de uma parceria público-privada com o Citi.
Em uma explicação de sua matemática, o presidente disse que se o Citi esperava obter US$ 7 bilhões com a venda ao grupo mexicano, cerca de US$ 2 bilhões desse valor seriam compostos de impostos. Dos US$ 5 bilhões restantes, o governo poderia contribuir com US$ 3 bilhões para uma participação, enquanto o restante poderia ser “vendido em ações aos mexicanos” por meio do IPO.
“Quase todos os países têm um banco, nós não”, disse ele.
López Obrador atrapalhou a negociação na semana passada ao assumir o controle de uma ferrovia operada pelo Grupo Mexico. Embora o presidente tenha dito que a decisão não afetou seu apoio ao acordo com o Banamex, ela aumentou a tensão entre o presidente e o acionista controlador, Larrea.
O Grupo Mexico se recusou a comentar sobre a mudança dos planos do Citi para a venda do Banamex ou sobre os comentários de AMLO na quarta-feira.
- Com a colaboração de Carolina Gonzalez, Maya Averbuch e Michael O’Boyle.
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