CPI: Inflação nos EUA sobe em linha com o esperado; núcleo desacelera

Índices futuros de ações dos EUA viraram para alta após os dados, com ganhos de até 0,5% no Nasdaq 100 Futuro, com alta exposição ao setor tech

Una peatona con bolsas de compras en EE.UU.
10 de Maio, 2023 | 09:38 AM

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Bloomberg Línea — O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos teve alta de 0,4% em abril, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Departamento do Trabalho americano.

O resultado, que acelerou em relação à alta de 0,1% de março, veio em linha com o esperado pelos economistas consultados pela Bloomberg. Em 12 meses, a inflação americana acumula alta de 4,9%. Economistas consultados pela Bloomberg estimavam alta de 5% na comparação anual.

Após a divulgação, os índices futuros de ações dos EUA, que caíam antes dos dados, viraram para alta. Por volta das 9h40 (horário de Brasília), o S&P 500 subia 0,33%, enquanto o Nasdaq 100, com grande exposição ao setor de tecnologia, tinha ganhos de 0,45%.

O núcleo da inflação, que desconsidera itens mais voláteis como alimentos e energia, por sua vez, registrou alta de 0,4% na base mensal, também em linha com o esperado. Na base anual, a taxa subiu 5,5%, abaixo dos 5,6% em março, o que pode servir como sinal de alívio para o Fed.

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A medida é uma das principais acompanhadas pelo Federal Reserve em sua decisão de política monetária. Isso porque fornece indicações mais precisas sobre a variação dos preços no país.

Para onde vai o Fed?

Os dados de inflação são acompanhados de perto pelo mercado financeiro, que tenta prever os próximos passos do Federal Reserve no combate à inflação.

Na semana passada, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) elevou a taxa de juros dos EUA em 0,25 ponto percentual, conforme o esperado por economistas, para o intervalo de 5,00% a 5,25% – o mais alto desde 2007.

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O comunicado omitiu uma linha de sua declaração anterior de março que dizia que o comitê “previa que alguma política adicional poderia ser apropriada”. O movimento sugeriu que este pode ter sido o último aumento de sua campanha mais agressiva desde a década de 1980, à medida que os riscos econômicos aumentam.

Também na semana passada, dados de emprego dos EUA vieram mais fortes que o esperado em abril, com a criação de 253 mil vagas no mês, segundo o relatório de empregos payroll.

Enquanto dados de força da economia americana possam servir como argumento extra para que o Fed siga com sua campanha de aperto monetário, podem, por outro lado, amenizar os temores de uma recessão, sinalizando a resiliência da maior economia do mundo.

-- Com informações da Bloomberg News

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.