Bloomberg — O preço do petróleo caía na manhã desta segunda-feira (6) à medida que as perspectivas para o consumo global de combustível são afetadas por uma meta de crescimento mais modesta da China e por uma política monetária mais rígida dos EUA, o que pode afetar a atividade econômica e a demanda.
O West Texas Intermediate (WTI) era negociado abaixo de US$ 79 o barril, depois de ganhar mais de 4% na semana passada. O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, anunciou uma meta para o produto interno bruto de cerca de 5% no Congresso Nacional do Povo anual no domingo, abaixo do que os economistas esperavam. A nação, maior importadora de petróleo do mundo, encerrou sua política restritiva de Covid Zero no final do ano passado.
“As previsões do PIB da China eram uma meta bastante baixa e podem ser uma razão potencial para a fraqueza do petróleo hoje”, disse Giovanni Staunovo, analista do UBS Group AG em Zurique. “Mas esperamos que a China alcance um crescimento um pouco acima da meta. Se as importações chinesas aumentarem e a produção russa cair, os preços devem subir a partir do nível atual.”
O petróleo manteve-se dentro de uma estreita faixa de variação de US$ 10 desde o início do ano, abalado pelo otimismo sobre a recuperação da China e pelas expectativas de novos aumentos nas taxas de juros do Federal Reserve dos EUA. A Arábia Saudita sinalizou confiança nas perspectivas de curto prazo, elevando a maior parte de seus preços para embarques de petróleo bruto para a Ásia e Europa para abril.
Os investidores agora aguardam o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, nesta semana e a divulgação de dados empregos dos EUA em busca de pistas sobre o futuro do aperto monetário. A presidente do Federal Reserve Bank de San Francisco, Mary Daly, reiterou em um discurso no sábado a disposição do banco central de deixar os juros mais altos por mais tempo.
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