Itaúsa, GIC e fundos canadenses negociam ativos da Neoenergia

Transação deve levantar cerca de 500 milhões de euros, além de investimentos futuros, segundo fontes disseram à Bloomberg News

Neoenergia, controlada pela Iberdrola, com sede em Bilbao, tem cerca de 18 linhas de transmissão, das quais 9 já em operação com cerca de 2,3 mil km
Por Cristiane Lucchesi, Rodrigo Orihuela e Peter Millard
23 de Janeiro, 2023 | 04:14 PM

Bloomberg — A Itaúsa (ITSA3), holding das famílias Setubal e Villela no Brasil, e o canadense Caisse de Dépôt et Placement de Québec (CDPQ) estão entre os interessados em adquirir uma fatia minoritária em linhas de transmissão da Neoenergia, segundo pessoas familiarizadas com o assunto disseram à Bloomberg News.

O GIC, que administra as reservas internacionais de Singapura, e o fundo de pensão canadense Ontario Teachers também estão na negociação, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas porque as discussões são privadas. A transação deve levantar cerca de 500 milhões de euros imediatamente, mais investimentos futuros, disseram as pessoas. O JPMorgan (JPM) e o Itaú (ITUB4) estão assessorando a Neoenergia, segundo as pessoas.

Neoenergia, Itaúsa, Ontário Teacher, CDPQ, JPMorgan e Itaú não quiseram comentar. O GIC não respondeu a pedidos de comentários.

A Neoenergia — controlada pela Iberdrola SA, com sede em Bilbao, que detém uma participação de 53,5% — tem cerca de 18 linhas de transmissão, das quais 9 já em operação com cerca de 2,3 mil km, informou a empresa em apresentação.

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Eduardo Capelastegui Saiz, presidente da Neoenergia, disse em teleconferência com analistas em outubro que a empresa busca um “sócio financeiro” e não um “sócio industrial” porque a ideia não é vender o controle ou abrir mão da gestão.

O sócio entraria em linhas que estão em operação, mas também se comprometeria a investir em lotes futuros, disse. “É uma parceria de longo prazo”, disse ele, acrescentando que “neste momento, temos 8 linhas ou 9 linhas em operação, então haveria caixa imediato” para a empresa. O objetivo é anunciar um acordo ainda no primeiro semestre deste ano, disse, pois “temos muitos interessados”, mas “é uma operação complexa”.

Ele não falou sobre os bancos contratados para assessorar a operação nem os nomes dos investidores interessados.

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