Hora de otimismo com Brasil?

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Bloomberg Línea — Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças. Bom dia e ótima leitura!

O cenário favorável para commodities, em razão da reabertura da economia na China com o fim da política de covid zero, que tende a beneficiar países exportadores como o Brasil, pode não ser suficiente para garantir o desempenho positivo dos ativos de risco no país.

Isso porque um ambiente mais sombrio à frente, de recessão e revisão para baixo no lucro das companhias, deve seguir pesando sobre as ações brasileiras, já pressionadas em um cenário de inflação e juros elevados. A avaliação é de Felipe Guerra, sócio fundador e CIO (head de investimentos) da Legacy Capital, com cerca de R$ 29 bilhões de ativos sob gestão e uma das administradoras com melhor desempenho no último ano, com retorno na casa dos 23%.

Em entrevista à Bloomberg Línea, Guerra avaliou o sentimento mais favorável com relação à China, que tende a ser um efeito tranquilizador no curto prazo, até que o tema da contração da atividade global tome conta e pese sobre os mercados. E se diz preocupado e cauteloso com o cenário para o país.

Leia mais: ‘É muito difícil ficar comprado em ações no Brasil’, diz Guerra, da Legacy

No Radar

Os mercados levam em conta nesta jornada a decisão do Banco do Japão (BoJ) de sustentar sua política monetária mais relaxada e monitoram um conjunto de dados norte-americanos de atividade e a inflação ao produtor, além de novos discursos de membros do Federal Reserve (Fed). Em busca de pistas sobre a situação da economia e seu impacto sobre a política monetária dos Estados Unidos, também avaliam balanços de empresas como Charles Schwab, PNC Financial, Alcoa e Texas Capital.

🏦 Expectativas frustradas. O iene caiu fortemente e as ações japonesas subiram após o Banco do Japão (BoJ) contrariar as expectativas do mercado e manter inalterada sua política monetária, com o juro negativo em -0,1% e indicação de que será flexível em suas compras de títulos se necessário. Analistas avaliam, entretanto, que os rumores sobre uma normalização das taxas deve continuar devido à pressão inflacionária e ao fim do mandato de Haruhiko Kuroda.

🇩🇪 Alemanha evitará recessão? O chanceler Olaf Scholz disse ter certeza que sim, o que alivia os temores no bloco europeu. A melhora de cenário se dá enquanto o país vem contornando a crise energética neste inverno. Em entrevista à Bloomberg, Scholz disse que diversificar o fornecimento de gás após o aperto da Rússia tem sido fundamental.

✂️ Cortes à frente. Começam hoje as demissões nas divisões de engenharia da Microsoft. Segundo pessoas consultadas pela Bloomberg, essa rodada de cortes deve superar a de 2022, que atingiu menos de 1% dos funcionários. A companhia, que emprega 200 mil pessoas, segue os passos de outras gigantes do setor que se preparam para um enfraquecimento da demanda.

🟢 As bolsas ontem (17/01): Dow Jones Industrials (-1,14%), S&P 500 (-0,20%), Nasdaq Composite (+0,14%), Stoxx 600 (+0,40%), Ibovespa (+2,04%)

O mercado acionário norte-americano fechou com sinais mistos em meio a preocupações sobre as perspectivas de lucros corporativos. No índice Dow Jones o setor financeiro pesou, sobretudo após o Goldman Sachs relatar ganhos abaixo das expectativas.

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Agenda

Esta é a agenda prevista para hoje:

 EUA: IPP/Dez, Vendas no Varejo/Dez, Produção Industrial/Dez, Índice Redbook, Livro Bege, Relatório Mensal IEA

Europa: Zona do Euro (IPC/Dez); Reino Unido (IPC/Dez); Reino Unido, Alemanha, França e Itália (Licenciamento de Veículos/Dez)

Ásia: Japão (Produção Industrial/Nov, Balança Comercial/Dez)

Bancos centrais: Discurso de Raphael Bostic, Patrick Harker e Lorie Logan-Fed, Decisão de Política Monetária-BoJ

Balanços: Charles Schwab, PNC Financial, Alcoa e Texas Capitals

📌 Para a semana:

• Quinta-feira: EUA (Pedidos Iniciais de Seguro Desemprego, Índice do Fed-Filadélfia); Japão (IPC/Dez) ; Brasil (Taxa de Desemprego); Bancos centrais(Discurso de John Williams e Lael Brainard-Fed, Christine Lagarde e Isabel Schnabel-BCE)

• Sexta-feira: EUA (Vendas de Casas Usadas/Dez) Reino Unido (Vendas no Varejo/Dez); Alemanha (IPP/Dez); México (Vendas no Varejo/Nov); Bancos centrais (Discursos de Patrick Harker e Christopher Waller-Fed, Christine Lagarde-BCE, Joachim Nagel-Bundesbank)

• Balanços: Procter & Gamble, Netflix, Kimberly-Clark, Bioasis Technologies

Destaques da Bloomberg Línea:

Estes são os fundos que mais perderam - ou ganharam - com o tombo da Americanas

Sergio Rial quebra o silêncio e diz que não ‘transigiria com biografia’

Ex-diretor do BC vê ‘alta probabilidade’ de o governo elevar a meta de inflação

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• Também é importante: Nova CFO da Americanas pagou R$ 1,38 milhão para encerrar processos na CVM | Desemprego deve crescer para inflação cair, diz Bridgewater | Cade e agência antitruste do México investigam Apple por prática anticompetitiva

• Opinião Bloomberg: ‘Nepo babies’ do setor de luxo são os mais aptos a tocar os negócios

• Pra não ficar de fora: Apple apresenta computadores mais rápidos em primeiros lançamentos de 2023

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