Gisele Bündchen e Tom Brady devem perder tudo o que investiram na FTX

Empresária e modelo e astro do futebol americano, que se separaram em 2022, estavam entre os acionistas da exchange que entrou em recuperação judicial em novembro

Gisele Bündchen e Tom Brady no Met Gala em New York City em 2019, quando ainda eram casados
Por Jeremy Hill
10 de Janeiro, 2023 | 03:01 PM

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Bloomberg — Gisele Bündchen, seu ex-marido e astro do futebol americano Tom Brady e o proprietário bilionário do New England Patriots, Robert Kraft, estão entre os investidores que devem ver suas ações da FTX virarem pó.

Brady, que ajudou a promover a exchange cripto que quebrou, possui mais de 1,1 milhão de ações ordinárias da FTX Trading, mostram documentos do processo de recuperação judicial da plataforma digital. Bündchen tem mais de 680 mil ações da mesma entidade.

A KPC Venture Capital, vinculada ao Kraft Group, detém mais de 110.000 ações preferenciais de Série B da FTX Trading, de acordo com os documentos judiciais.

A empresa do dono dos Patriots, um dos mais populares e vitoriosos times da NFL (a liga profissional de futebol americano), também possui 479 mil ações ordinárias de Classe A e 43.545 ações preferenciais da Série A da West Realm Shires, que também faz parte da complexa estrutura de capital da FTX como entidade controladora da FTX Marketplace nos Estados Unidos.

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O valor dos investimentos não pode ser avaliado imediatamente, mas é presumível que seja praticamente zero. Tampouco é sabido qual o valor do investimento quando ele foi realizado.

Acionistas de empresas quebradas raramente recuperam seu dinheiro porque a lei americana exige que os credores sejam reembolsados em ordem de prioridade, e os acionistas são os últimos da fila, abaixo dos clientes e dos fornecedores de uma empresa.

“No final das contas, não vamos conseguir recuperar todas as perdas”, disse no mês passado John J. Ray III, que administra a massa falida da FTX.

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Representantes de Brady e do Kraft Group não responderam imediatamente a pedidos de comentários.

Um grupo da elite de Wall Street e do Vale do Silício também ficou preso com ações da FTX, incluindo a Tiger Global Management, o Ontario Teachers’ Pension Plan e a Sequoia Capital, de acordo com o documento.

Por volta desta época, no ano passado, a FTX Trading levantou US$ 400 milhões em uma captação que avaliou a empresa em US$ 32 bilhões.

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