Desoneração de combustíveis será prorrogada por 2 meses, diz Prates

Bloomberg Línea — O senador Jean Paul Prates, indicado para o cargo de próximo CEO da Petrobras (PETR4, PETR3), disse neste domingo (1º) que o governo vai publicar até amanhã no Diário Oficial da União uma medida provisória de prorrogação da desoneração de tributos federais sobre os combustíveis por mais dois meses.

A isenção de tributos federais sobre os combustíveis terminou ontem (31).

O alívio tributário é importante para o novo governo pelo impacto da alta dos combustíveis no índice oficial de inflação, referência para o Banco Central avaliar o início de um ciclo de cortes da taxa Selic, em 13,75% desde a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) de agosto.

Economistas ainda estão divididos sobre em que semestre de 2023 haverá condições econômicas ideais para o começo de uma redução dos juros, cenário crucial para o aumento da concessão de crédito para o setor produtivo e para uma melhora nas projeções do PIB.

“Temos que ficar atentos aos oportunistas. Houve uma especulação de que não haveria a desoneração. Eles podem se aproveitar disso para aumentar os preços. Não há nenhuma razão para elevar o combustível no Brasil”, disse Prates aos repórteres, em Brasília, antes do início da cerimônia de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT (Partido dos Trabalhadores).

Houve na imprensa notícias de alta dos preços dos combustíveis em algumas cidades. No Rio Grande do Sul, alguns postos anteciparam a volta da cobrança dos impostos, interrompendo cinco semanas consecutivas de queda do preço da gasolina, segundo o Zero Hora.

Adriano Pires, consultor do mercado de petróleo, disse à Bloomberg Línea que, sem a desoneração, o o litro da gasolina subiria em tese R$ 0,69, o do etanol, R$ 0,26, e o do diesel, R$ 0,33.

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