Com posse de Lula, busca de voo até Brasília dispara. Preços chegam a R$ 7 mil

Capital federal teve aumento de 1.600% em busca de passagens para voar entre 30 de dezembro e 2 de janeiro, segundo levantamento de plataforma de viagens

Palácio do Planalto, em Brasília, sede do governo federal e um dos palcos da cerimônia de posse no próximo domingo (1º)
26 de Dezembro, 2022 | 05:57 PM

Leia esta notícia em

Inglês

Bloomberg Línea — A posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no próximo domingo (1°) ajudou a aumentar de forma significativa a demanda por voos para Brasília no fim de semana do Réveillon.

O volume de buscas por voos para a capital federal entre os dias 30 de dezembro (sexta-feira) e 2 de janeiro (segunda-feira) disparou cerca de 1.600% no volume somado de outubro e novembro na comparação com o mesmo período de 2019, último ano de turismo “normal” sem impacto da pandemia.

Quem deixou para buscar uma passagem para Brasília de última hora vai pagar mais que o quádruplo da tarifa média para esse destino, que é de R$ 1.477,00 em trechos de ida e volta.

Segundo o Google Flights, ferramenta de busca de passagens aéreas do Google (GOGL), passagens (ida e volta) saindo de São Paulo custavam entre R$ 2.250 e R$ 7.000 nesta tarde de segunda-feira (26), a depender do horário e do número de escalas. Os valores estão sujeitos a alteração.

PUBLICIDADE

O aumento dos preços não se explica apenas por turistas que desejam ver a posse: a mudança no poder tem intensificado as viagens de trabalhadores da equipe da transição e que vão compor o novo governo, bem como daqueles que deixarão de atuar na capital federal e voltam para suas cidades.

Brasília é o destino com a maior variação do preço médio da passagem aérea (+74%), na comparação de 2022 com o mesmo período de 2019 (pré-pandemia), segundo a Kayak, plataforma de viagens responsável pelo levantamento. Maceió ficou com a segunda maior variação do preço médio (+52%), seguido por Salvador (+45%).

Shows programados

A demanda de turistas se explica não apenas pela cerimônia de posse, prevista para o período da tarde, mas também porque estão programados shows gratuitos de mais de 20 artistas, como Pabllo Vittar, Gaby Amarantos, Martinho da Vila, Chico César, Maria Rita, Fernanda Takai, Teresa Cristina, Johnny Hooker, Odair José, Otto e Valesca Popozuda, entre outros.

PUBLICIDADE

Já o ranking divulgado pela Decolar para as viagens do Revéillon traz Brasília em oitavo lugar com maior quantidade de buscas de voos no site e no aplicativo da empresa online de viagens.

O Rio de Janeiro lidera a lista, seguido por Recife (Pernambuco), São Paulo (capital), Fortaleza (Ceará), Salvador (Bahia), Maceió (Alagoas) e Natal (Rio Grande do Norte).

Aeroporto Internacional de Brasília espera receber 150 mil passageiros nos dias próximos ao Réveillon: posse será o principal evento, segundo especialistasdfd

150 mil passageiros previstos

Segundo projeções do Aeroporto Internacional de Brasília, cerca de 150 mil passageiros devem passar pelos terminais entre a véspera de ano novo e os primeiros dias de janeiro.

A Inframerica, concessionária que administra o terminal, informou que estão previstos 1.050 pousos e decolagens na capital federal entre os dias 30 de dezembro e 2 de janeiro.

“Parte da movimentação prevista no período está relacionada com o desembarque de passageiros que se dirigem a cidade com o objetivo de assistir à posse presidencial”, disse a Inframerica em nota.

O maior fluxo de passageiros no aeroporto de Brasília na alta temporada de férias e com eventos políticos contrasta com a realidade da aviação comercial no início da pandemia da Covid-19, em março de 2020, quando as aeronaves ficaram no chão devido à ordem de fechamento das fronteiras.

Leia também

PUBLICIDADE

Os novos influencers da Geração Z: lifestyle, viagens e patrimônio de milhões

Aman New York: conheça o novo hotel mais caro de Manhattan

Sérgio Ripardo

Jornalista brasileiro com mais de 25 anos de experiência, com passagem por sites de alcance nacional como Folha e R7, cobrindo indicadores econômicos, mercado financeiro e companhias abertas.