Ibovespa recua com preocupação fiscal e à espera de anúncios de Lula

After Hours: De acordo com a Bloomberg News, Haddad está entre os nomes dos primeiros ministros que serão anunciados pelo presidente eleito

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Bloomberg Línea — Com o cenário fiscal no holofote dos mercados e preocupações de que a taxa de juros fique alta por mais tempo, o Ibovespa (IBOV) encerrou o pregão desta quinta-feira (8) no campo negativo, destoando dos ganhos em Wall Street.

Pressionado pelas ações da Petrobras (PETR3; PETR4), que caíram até 2,25%, e por empresas ligadas ao turismo e companhias aéreas, como CVC Brasil (CVCB3), com queda de 10,23%, o principal índice de renda variável da bolsa brasileira fechou em baixa de 1,67%, aos 107.249 pontos. Já o dólar operava estável no fechamento, negociado a R$ 5,21.

Por aqui, as atenções recaíram sobre o ministério do presidente eleito Lula (PT), que começa a ser anunciado amanhã (9). De acordo com a Bloomberg News, Haddad está entre os nomes dos primeiros ministros que serão anunciados.

Na quarta-feira (7), o Comitê de Política Monetária (Copom) no Banco Central manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano, conforme o esperado pelo mercado financeiro. No comunicado divulgado junto com a decisão, a autoridade monetária disse que vai acompanhar com “especial atenção” a construção de um futuro arcabouço fiscal.

Com a sinalização de maiores gastos e de juros altos por mais tempo, algumas casas, como a XP, passaram a estimar o corte de juros apenas em 2024. Antes, as estimativas apontavam para o segundo semestre de 2023.

Nos Estados Unidos, as ações subiram após cinco dias consecutivos de queda, com os traders aguardando os principais números da inflação americana em busca de pistas sobre se as autoridades do Federal Reserve serão capazes de reduzir sua agressiva campanha de aperto monetário.

“Os investidores terão muito o que digerir nos próximos dias, pois terão uma visão mais clara de nossa posição na luta contra a inflação antes da decisão do Fed”, disse Mike Loewengart, do Morgan Stanley Global Investment Office, à Bloomberg News.

“O mercado espera que a desaceleração nos aumentos das taxas comece na próxima semana, mas se o pivô será suficiente para levar a economia a um pouso suave ainda não está certo.”

Confira como fecharam os mercados nesta quinta-feira (8):

-- Com informações da Bloomberg News

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