O que esperar da Super Quarta e 4 assuntos do Brasil e do mundo

Confira os principais tópicos que vão marcar o sentimento dos mercados nesta quarta-feira (21)

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Bloomberg Línea — O dia será marcado por decisões importantes dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos, mas começa com um tom de maior cautela depois que o presidente russo, Vladmir Putin, anunciou uma nova mobilização militar e subiu o tom contra o Ocidente.

Veja as outras notícias que devem impactar os mercados nesta quarta-feira (21):

1. O alerta de Putin

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, convocou 300.000 reservistas em uma escalada contra a Ucrânia, e renovou os alertas sobre uma ameaça nuclear. “Quando a integridade territorial do nosso país for ameaçada, certamente usaremos todos os meios à nossa disposição para proteger a Rússia e o nosso povo”, disse em discurso na quarta-feira (20). “Não é um blefe.”

A apropriação de território e a escalada militar de Putin vêm na esteira da ofensiva ucraniana nas últimas semanas, com as piores derrotas para as tropas russas desde os primeiros meses do conflito e a retomada de mais de 10% da área que a Rússia detinha. O efeito das falas de Putin sobre o petróleo foi imediato, acelerando os preços diante da possibilidade de interrupção de fornecimento da commodity. Além disso, a escalada da guerra russa repercute diretamente nos mercados, aprofundando as crises energética e alimentar já em curso.

2. Super Quarta

Chegou a “super quarta” para os investidores brasileiros, dia que será marcado pelo anúncio das decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil. Nos EUA, a expectativa é que os membros do Federal Reserve mantenham o ritmo de alta de 75 pontos base na taxa de juros. Se o aumento for confirmado, a taxa de juros dos EUA irá para o intervalo entre 3% a 3,25%, o maior nível em 14 anos.

Aqui no Brasil, entre os 35 economistas consultados pela Bloomberg, 30 esperam que a Selic permaneça inalterada, enquanto cinco preveem que o BC anunciará a 13ª alta da taxa. O mercado de juros projeta elevação de cerca de 8 pontos básicos para a Selic, enquanto as opções na B3 indicam 60% de chances de Selic estável e 40% de nova alta.

3. Mercados

Os futuros das bolsas americanas subiam nesta manhã, enquanto os investidores aguardam um provável anúncio de aumento da taxa de juros do Fed no fim do dia. O Dow Jones futuro subia 0,37% perto das 9h10, o S&P registrava alta de 0,36% no mesmo horário, assim como Nasdaq, alta de 0,16%.

Na mesma entoada, as ações europeias também caem nesta terça, com o FTSE de Londres registrando queda de 0,85%, e o Stoxx600, de 0,73%. Na contramão, o Ibovespa futuro caía 0,08% no mesmo horário, enquanto o Dollar Index, que mede a força da moeda americana em relação a uma cesta de outras moedas, subia 0,50%.

4. Manchetes do dia

  • Estadão: Putin convoca 300 mil reservistas e ameaça Ocidente com guerra nuclear
  • Folha de S. Paulo: Métrica da Folha posiciona partidos na direita ou na esquerda; compare
  • O Globo: Putin mobiliza reservistas e faz ameaça nuclear velada: ‘iremos usar todos os meios. Isso não é um blefe’
  • Valor: Setor de celulose e papel ignora crise e investe mais de R$ 63 bilhões

5. Agenda

O dia mais aguardado da semana pelos mercados começa marcado por um tom de maior cautela, com a escalada da tensão que vem da Rússia. Nenhum indicador programado para o dia ofuscará as decisões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), dos Estados Unidos, e também do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central do Brasil, esperado para depois do pregão.

Ainda assim, a agenda do dia reserva também números de vendas de casas existentes de agosto, do relatório de estoques de petróleo bruto (EIA), e juros e pedidos de hipotecas nos EUA. Na Europa, sai o balanço da dívida líquida do setor público de agosto, e o índice CBI de tendências industriais de setembro.

E também...

Os preços do petróleo sobem nesta manhã, depois que o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou uma mobilização parcial para manter os territórios ocupados na Ucrânia, em uma escalada da guerra que pode levar a mais interrupções no fornecimento de energia. Às 8h20 de hoje, o petróleo tipo Brent subia 2,09%, a US$ 92,52 o barril, enquanto o WTI recuava 2,16%, a US$ 85,78 o barril.

- Com informações da Bloomberg News

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