Bolsonaro e Lula prometem manter Auxílio Brasil em R$ 600

Analistas veem perigo fiscal em promessa de manutenção de auxílio cinco vezes maior que o Bolsa Família

Uma pesquisa da Genial/Quaest publicada nesta semana sugere que a corrida está se acirrando no estado-chave de Minas Gerais
Por Martha Beck
13 de Agosto, 2022 | 04:30 PM

Bloomberg — O presidente e candidato Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente e também candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeram preservar os R$ 600 em ajuda mensal do governo a famílias pobres se eleitos.

Lula, o favorito à presidência de acordo com as principais pesquisas de opinião, disse durante um evento ao vivo no Facebook neste sábado (13) que é o único candidato comprometido em manter a ajuda nesse patamar. A lei que aumentou a transferência de renda do programa social Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 só garante o valor mais alto até o final do ano, disse Lula.

Bolsonaro, ao ser questionado sobre a promessa do petista, respondeu durante um podcast ao vivo que discutiu o assunto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e manteria o auxílio em seu valor mais alto.

“É mentira que o auxílio emergencial vai acabar”, disse Bolsonaro. “Conversei com Guedes para manter os R$ 600 no ano que vem.”

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De acordo com Jeferson Bittencourt, ex-secretário do Tesouro e economista da Asa Investimentos, uma eventual manutenção a partir de 2023 do Auxílio Brasil de R$ 600, que custa cinco vezes mais que o antigo Bolsa Família, é um fator de risco potencializado pela possibilidade de este valor elevado se tornar permanente dentro de um arcabouço fiscal não conhecido.

Uma pesquisa da Genial/Quaest publicada nesta semana sugere que a corrida está se acirrando no estado-chave de Minas Gerais, com Bolsonaro diminuindo a distância de Lula em cinco pontos percentuais em relação ao mês anterior. A pesquisa da quinta-feira (11) colocou os dois em um empate técnico em São Paulo, o estado mais populoso do Brasil.

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