Prévia da inflação tem menor patamar em 2 anos com alívio de combustíveis

IPCA-15 avançou 0,13% neste mês, segundo o IBGE; indicador acumula alta de 11,39% em 12 meses, abaixo dos 12,04% até junho

Por

Bloomberg Línea — O IPCA-15, prévia da inflação oficial, teve alta de 0,13% em junho, recuando em relação aos 0,69% registrados no mês anterior. Trata-se da menor taxa desde junho de 2020 (0,02%). A desaceleração foi causada pela redução do ICMS dos combustíveis em várias regiões do país.

Conforme divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (26), no ano, o índice acumula alta de 5,79% e, em 12 meses, de 11,39%, abaixo dos 12,04% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

“Houve uma queda mais significativa no grupo de transportes, principalmente pela redução de 5,01% no preço da gasolina e de 8,16% no do etanol”, segundo comunicado da instituição.

No final de junho, foi sancionada a Lei Complementar 194/22, que reduziu as alíquotas de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações. A lei federal foi posteriormente incorporada no âmbito das legislações estaduais, contribuindo para o recuo de preços.

O grupo de Transportes teve uma queda de 1,08%, segundo o IBGE, segundo o segmento de Habitação recuou 0,78%.

Subsídios

Em segundo lugar nas principais pesquisas eleitorais que antecedem o pleito em outubro, o atual presidente Jair Bolsonaro tem sido pressionado por aliados a tomar medidas mais efetivas para baixar o preço dos combustíveis. O líder, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem usado as constantes altas dos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha para fustigar o governo e a política de paridade internacional praticada pela Petrobras (PETR4).

O custo de um subsídio de tal alcance até o final do ano ainda é incerto – iria de R$ 25 a 50 bilhões, segundo cálculos do Ministério da Economia citados pelo jornal Folha de S.Paulo.

Leia também

Startup Casai fica sem dinheiro, demite e negocia fusão com a Nomah, da Loft