Bloomberg Línea — O principal índice bolsa brasileira (IBOV) apagou os ganhos vistos pela manhã e passou a cair na tarde desta terça (26), com a pressão dos recuos dos índices americanos. Por lá, as ações caíram após números econômicos insignificantes e uma perspectiva mais fraca do maior varejista do mundo, a Walmart (WMT), ressaltando os impactos das pressões inflacionárias sobre os gastos do consumidor, com os temores de recessão aumentando à medida que o Federal Reserve se prepara para entregar outro grande aumento de juros. Já o dólar tem uma sessão instável.
As atenções também recaem sobre a temporada de resultados, com a divulgação dos números referentes ao segundo trimestre de gigantes como Alphabet (GOOG) e Microsoft (MSFT) depois do fechamento de hoje (26), além da Apple (AAPL), aguardada para esta semana.
Ainda na cena externa, os países da União Europeia concordaram em cortar seu uso de gás em 15% até o próximo inverno, à medida que a perspectiva de um corte total dos suprimentos russos se torna cada vez mais provável.
No Brasil, a prévia da inflação oficial mostrou alta de 0,13% em junho, na menor taxa desde julho de 2020, auge da pandemia, em meio à redução do ICMS dos combustíveis em diversas regiões do país. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,79% e, em 12 meses, de 11,39%.
Confira o desempenho dos mercados nesta terça-feira (26):
- Por volta das 14h50 (horário de Brasília), o Ibovespa recuava 0,64%, negociado aos 99.627 pontos;
- O dólar à vista caía 0,06%, negociado a R$ 5.36
- Nos EUA, o Dow Jones caía 0,45%, o S&P 500, 1,05%, e o Nasdaq, 1,75%
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