Vendas de óculos tipo aviador disparam com sucesso de Top Gun nos cinemas

Onda de calor na Europa e sucesso do novo filme contribuíram para aumento das vendas de óculos de sol no Reino Unido

De acordo com representantes das maiores lojas de óculos do Reino Unido, a Geração Z tem contribuído para a alta das vendas de óculos de sol
Por Conrad Quilty-Harper
23 de Julho, 2022 | 06:07 PM

Bloomberg — A popularidade de “Top Gun: Maverick” vai além das bilheterias. O filme, que arrecadou mais de US$ 1 bilhão, também impulsionou as vendas dos óculos de sol de aviador no Reino Unido - modelo clássico usado pelo ator Tom Cruise no filme. O mesmo aconteceu em 1986, ano em que o Top Gun original foi lançado, quando as vendas do modelo da Ray-Ban dispararam.

Um porta-voz da David Clulow, uma das maiores varejistas de óculos de sol do Reino Unido, afirma que o clássico modelo RB3025 Aviator—Top Gun é um de seus óculos de sol mais vendidos neste verão, por 184 libras (cerca de US$ 218), junto com o modelo de 329 libras da Ray-Ban Wayfarer.

Marcas menores de óculos de sol também acompanharam o aumento na demanda, principalmente vindo da Geração Z. Os modelos mais populares, ao menos no Reino Unido, são armações redondas que funcionam bem para qualquer gênero, formato de rosto ou estilo.

Na David Clulow, o redondo “Gregory Peck” de Oliver Peoples, vendido por 287 libras, entrou na lista dos mais vendidos, assim como “Hawkeye”, um novo design com bordas arredondadas. Na MONC, em Londres, o fundador Freddie Elborne diz que o best-seller da loja é o “Kallio”, uma armação redonda unissex que parece se adequar a quase todos também.

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Da mesma forma, John Pritchard, fundador da Pala Sunglasses, com sede em Brighton, estima que 65% das vendas de sua empresa vêm de modelos com armações redondas. O mais vendido é o “Lich”, que imita a carapaça de uma tartaruga. “É nosso best-seller de todos os tempos”, diz ele.

Ackeem Ngwenya, CEO da Reframd, com sede em Berlim, que faz designs impressos em 3D sob medida para diversos formatos de rosto, diz que Londres e o Reino Unido constituem o terceiro maior mercado da empresa, onde seus estilos mais redondos, como os chamados “Umoya” e “Yao” são os mais populares. Ambos são vendidos por 208 libras.

Betty Bachz, fundadora e diretora criativa da marca independente de óculos MOY Atelier, voltada para o fashion, também está vendo a popularidade de formas mais arredondadas crescer. Seu top de vendas é o “Osiris”, um formato oval de tamanho médio a pequeno vendido por 195 libras e “feito para o consumidor moderno de Londres”.

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Ela acha que a popularidade do modelo está sendo impulsionada por looks inspirados no Y2K usados por celebridades como as Kardashian e Bella Hadid.

“Tudo na moda agora é muito estilo Y2K. É também o caso dos óculos”, diz Bachz. “É tudo sobre Brad Pitt e Gwyneth Paltrow nos anos 90.”

O calor crescente também aumentou o interesse na compra de óculos de sol. Na semana passada, o Reino Unido emitiu um alerta contra o uso de óculos de sol “baratos” sem proteção UV adequada. Elborne diz que “a onda de calor fez a diferença” nas vendas da MONC.

Ainda assim, a moda continua a ditar as vendas de óculos de sol. O renascimento do Y2K pode estar afetando quando as pessoas compram óculos de sol – e quando os usam. Bachz diz que seus clientes estão cada vez mais “usando óculos escuros no outono e inverno, e até dentro de casa”.

Pritchard da Pala diz que seus clientes são motivados de forma diferente. “Como marca, perseguimos o sol ao redor do mundo”, afirma. “Então, quando o verão termina e outubro chega, começo a mudar para a Austrália: Natal de óculos escuros.”

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