Petróleo recua com aumento de casos de vírus na China

Bloomberg — Os preços do petróleo caíam nesta segunda-feira (11) à medida que um aumento nos casos de coronavírus na China contribuía para a fraqueza nos mercados globais.

O West Texas Intermediate recuava para perto de US$ 102 por barril. Os casos de Covid continuaram a subir em Xangai e outras regiões, com novas subvariantes representando um desafio para a estratégia Covid Zero do país. O petróleo também recuava com o dólar mais forte e com o cancelamento de uma ordem judicial que suspendia os carregamentos de um importante terminal russo.

Um tribunal da região de Krasnodar cancelou na segunda uma instrução para suspender os embarques do terminal CPC na costa russa do Mar Negro, que exporta principalmente petróleo cazaque. Devem embarcar 1,2 milhão de barris por dia este mês.

O contrato WTI caiu abaixo de US$ 100 na semana passada, seguido de uma recuperação, prejudicado pelas perspectivas concorrentes de oferta e demanda. O presidente dos EUA, Joe Biden, deve visitar a Arábia Saudita nos próximos dias durante uma turnê pelo Oriente Médio, enquanto busca domar os preços crescentes da energia que estão pesando na economia global.

Há alguns sinais de alívio para Biden. Os preços da gasolina - um dos principais contribuintes para a inflação e uma questão central nas eleições dos EUA - caíram por 27 dias, incluindo a maior queda diária em mais de uma década. Essa é a maior sequência de quedas desde abril de 2020.

“O atual ambiente comercial ilíquido e as visões contrastantes tornam as oscilações voláteis ocorrências regulares”, disse Tamas Varga, analista da PVM Oil Associates.”

Preços do petróleo

• WTI para entrega em agosto caía 2,3%, para US$ 102,36 por barril, às 6h44, horário de Brasília
• Brent para liquidação de setembro recuava 1,7%, para US$ 105,20

Os especuladores ficaram mais pessimistas com os principais índices de referência do petróleo na semana passada, reduzindo as posições longas líquidas em Brent e WTI para o nível mais baixo desde 2020, de acordo com dados divulgados na sexta-feira.

Xangai registrou 69 novas infecções por Covid no domingo, a maior desde o final de maio. A China divulgará uma série de dados econômicos esta semana, com os números definidos para serem examinados em busca de evidências do impacto do Covid Zero na economia número 2 do mundo.

No entanto, o mercado de petróleo ainda é apoiado por uma oferta restrita, em parte devido aos fluxos comerciais elevados da Rússia após a invasão da Ucrânia. Os spreads de tempo se firmaram em uma estrutura de retroação de alta, o que indica oferta escassa.

--Com a colaboração de Sarah Chen

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