Fintech mais valiosa da Europa: queda de US$ 45,6 bi para US$ 6,5 bi

Sueca Klarna deve receber uma rodada de investimento que abaixará seu valuation em cerca de 85%, segundo o The Wall Street Journal

Klarna pode ser avaliada a sete vezes menos do que 2021.
01 de Julho, 2022 | 02:07 PM

Bloomberg Línea — A Klarna, uma das fintechs mais valiosas do mundo, deve receber uma rodada de investimento nos próximos dias que pode avaliar a fintech a US$ 6,5 bilhões, sete vezes menos do que seu valuation de US$ 45,6 bilhões do ano passado. A informação é do The Wall Street Journal, que ouviu pessoas familiarizadas com o assunto que preferiram não se identificar porque as discussões são privadas.

A fintech de crédito em um modelo de Buy Now, Pay Later está negociando um aporte de US$ 650 milhões com a Sequoia Capital, segundo fontes do The Wall Street Journal.

Em um momento em que as startups estão com maior dificuldade de captar - por conta das altas taxas de juros - investidores de empresas privadas estão ajustando preços e pagando menos nas participações para conseguir melhores acordos.

Se fechada, a transação com a Sequoia representará um “down round” [rodada de investimento a um valuation menor do que a rodada passada] significativo para a Klarna. Receber uma rodada a um valuation menor é uma opção para injetar dinheiro na empresa, mas pode afetar o moral dos funcionários, que muitas vezes possuem stock options. Uma avaliação menor significa menos dinheiro quando a empresa fizer um IPO.

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Na América Latina, a colombiana Addi tem um modelo de Buy Now, Pay Later similar, oferecendo crédito sem a necessidade de cartão para compras e-commerce em parceria com varejistas. Em junho, dois ex-empregados da Addi relataram à Bloomberg Línea que a empresa teria feito uma demissão em massa para cortar custos.

A Addi não quis comentar o número exato de demissões. A versão da Klarna para a América Latina foi avaliada a US$ 700 mihões no ano passado, depois de receber uma rodada de US$ 200 milhões do SoftBank e GIC. A Addi começou a operar no Brasil em fevereiro de 2021.

-- Matéria atualizada para explicar o conceito de “down round”

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Isabela  Fleischmann

Jornalista brasileira especializada na cobertura de tecnologia, inovação e startups