Conselho do Fed emprega apenas um economista negro

Lisa Cook tornou-se a primeira governadora negra no Conselho quando foi confirmada esta semana

Os números, divulgados publicamente pela primeira vez, mostram a composição racial e étnica dos 945 economistas do Fed
Por Catarina Saraiva
13 de Maio, 2022 | 05:48 PM

Bloomberg — O Federal Reserve emprega apenas um economista negro e nenhuma economista negra em seu Conselho em Washington, de acordo com os últimos dados de diversidade do banco central americano.

Os dados mostram que a grande maioria de sua força de trabalho de economistas com PhD - cujas pesquisas ajudam a instituição a definir políticas para a maior economia do mundo - é do sexo masculino e branco. A representação fica aquém para negros, hispânicos, índios americanos e nativos havaianos em comparação com a população do país.

O Fed foi criticado por não representar adequadamente a economia que cobre. Criado em 1913, o BC americano nunca foi liderada por uma pessoa de cor. Lisa Cook tornou-se a primeira governadora negra no Conselho quando foi confirmada esta semana. Nenhum hispano-americano jamais fez parte do Conselho ou liderou um dos bancos centrais regionais.

Os hispano-americanos representam 9,4% dos economistas de todo o sistema, enquanto mais de 18% da população dos EUA se identifica como hispânica, e apenas 14 economistas em todo o sistema são negros, ou cerca de 1,5%, contra cerca de 12% da população do país. Nenhum dos economistas se identifica como nativo havaiano ou índio americano.

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Economistas do Fed são predominantemente brancosdfd

Os números, divulgados publicamente pela primeira vez, mostram a composição racial e étnica dos 945 economistas do Fed, que estão divididos igualmente entre o Conselho de Governadores em Washington e os 12 bancos regionais em todo o país. Mais de 70% dos economistas do sistema são brancos e três quartos são homens.

O banco central é o maior empregador de economistas com nível de doutorado nos EUA e é encarregado de conduzir a economia mantendo preços estáveis e emprego máximo.

Um ponto positivo para a diversidade dos economistas está no emprego de asiáticos-americanos no Fed, que representam quase 17% dos economistas, contra 5,6% da população dos EUA. As mulheres representam pouco menos de um quarto dos economistas do sistema.

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Os dados para assistentes de pesquisa, jovens economistas em formação, mostram um pouco mais de diversidade. Cerca de 66% dos 393 assistentes de pesquisa do sistema são brancos.

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