RH e metaverso, uma relação que pode ajudar a comunicação

Apesar de o ambiente digital ser um desafio para a área que cuida dos colaboradores da empresa, já não é possível ignorar a nova tendência de relacionamento

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Por Matheus Mans para Mercado Bitcoin

São Paulo – Assim como várias áreas dentro das empresas ganham dinamismo com o uso da inovação e da tecnologia, a de Recursos Humanos (RH), estratégica para o bom funcionamento corporativo por estar na base do negócio, também inclui novas idéias como forma de melhorar a comunicação com seus colaboradores. Uma que pode despontar nesse ambiente é justamente ele, o metaverso.

Por estar intimamente ligado ao dia a dia dos colaboradores, o RH tem como prioridade acompanhar de perto as demandas dos funcionários e a partir delas encontrar soluções. E com o corpo colaborativo cada vez mais trabalhando remotamente, a tarefa se torna mais desafiadora. Há, portanto, quem aposte no metaverso para melhorar essa interação.

“O RH está em um momento de evolução”, diz Fabio Lopes, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e pesquisador da área de recursos humanos e people analytics. “Começamos com as reuniões virtuais, depois o trabalho híbrido e remoto. Hoje, temos o metaverso. O RH tem de começar agora a se preparar para esse novo momento de relações não apenas sociais, mas também corporativas”.

Há ainda quem veja no metaverso uma forma de as empresas acompanharem o desenvolvimento de seus funcionários. Mesmo que a distância.

“A partir da disseminação do metaverso e da ampliação da atuação digital, [o RH] terá um papel ainda mais estratégico, pois precisará cuidar dos seus talentos para que fiquem engajados na causa da empresa. Caso contrário, essa alta exposição digital pode acelerar o apagão de talentos, aumentando a migração deles para outras empresas”, diz Alexandre Slivnik, Vice-Presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD).

Análise de dados e LGPD

Para alguns especialistas, uma das principais opções para fazer com que o RH entre de cabeça nessa nova era digital é o uso de ferramentas analíticas, como a metodologia People Analytics, cujo princípio é a coleta, organização e análise de dados aplicada à gestão de pessoas para uma visão estratégica do papel de cada colaborador dentro de uma empresa.

“Você não pode melhorar o que não avalia. Sem dúvida nenhuma é imprescindível que os gestores de pessoas aprendam a analisar dados de forma mais criteriosa para tomar decisões, principalmente em um mundo altamente dinâmico como o digital”, diz Slivnik.

Fábio Lopes, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, porém, traz outra provocação para o centro da discussão. “Como esses dados serão coletados? Temos sistemas que dão suporte? O RH vai ter de se conectar para entender o comportamento das pessoas nesse ambiente. Mas isso vai de encontro à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que não pode ser resolvida assinando apenas um papelzinho”, diz. “De um lado, é desejável entender o engajamento das pessoas, as relações entre elas, sua rede de influência em uma organização. Mas você cria um ambiente mais invasivo. Isso pode esbarrar em sensibilidades que não existiriam. Vamos ter de evoluir esses assuntos e encontrar, no futuro, o caminho do RH”.

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