Petróleo: Aliados ampliam plano de Biden para amenizar aumento de preços

Sanções econômicas e um boicote não oficial reduziram as exportações de petróleo da Rússia

Tanques
Por Alex Morales - Saleha Mohsin e Jennifer Jacobs
06 de Abril, 2022 | 12:57 PM

Bloomberg — Os aliados dos EUA na Agência Internacional de Energia vão liberar 60 milhões de barris de petróleo de seus estoques de emergência, reforçando a liberação de 180 milhões de barris de reservas de petróleo já anunciadas pelo presidente Joe Biden, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

A ação coordenada dos principais consumidores de energia visa amenizar as consequências econômicas de um aumento nos preços desde a invasão da Ucrânia. Sanções econômicas e um boicote não oficial de compradores reduziram as exportações de petróleo da Rússia, resultando na maior interrupção no fornecimento de energia em décadas.

A AIE espera que a produção de petróleo da Rússia caia em um quarto este mês, deixando uma enorme lacuna de 3 milhões de barris diários no fornecimento global de energia. O acesso às reservas de emergência contribuirá de alguma forma para preencher essa lacuna, mas o mercado permanecerá apertado, pois a Opep+ se recusa a abrir suas torneiras mais rapidamente.

O West Texas Intermediate, o tipo de petróleo de referência nos EUA, era cotado acima de US$ 101 por barril na quarta-feira, após alta de 35% este ano.

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Oficialmente, a liberação coordenada de estoques da AIE será de 120 milhões de barris – metade dos EUA e metade de outros membros, disseram as pessoas. O governo Biden liberará independentemente 120 milhões de barris de sua reserva estratégica, elevando o total para 240 milhões em todo o mundo, disseram.

O cronograma e os volumes de cada país devem ser anunciados esta semana.

Esta será a segunda liberação coordenada de estoques de petróleo em apenas algumas semanas. Há um mês, os membros da AIE concordaram com a liberação de 61,7 milhões de barris, 30 milhões dos EUA e 2,2 milhões do Reino Unido.

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