Ibovespa avança com impulso de altas das commodities

O petróleo estendeu uma série de extrema volatilidade, com o Brent se aproximando dos US$ 120

O ostracismo à Rússia continua: MSCI e FTSE Russell estão cortando ações russas de índices amplamente rastreados
03 de Março, 2022 | 10:57 AM

Bloomberg Línea — Em dia de petróleo em novas máximas e avanço do minério de ferro, pesos-pesados do Ibovespa (IBOV) operam no azul na sessão desta quinta (3) e impulsionam o índice.

O principal índice da B3 também é ajudado pelas altas dos futuros dos índices acionários americanos, enquanto os mercados na Europa recuam.

O petróleo estendeu uma série de extrema volatilidade, com o Brent se aproximando dos US$ 120, enquanto o gás natural europeu despencou depois de tocar um novo recorde.

Os mercados de commodities foram impactados pela crise na Ucrânia, à medida que grandes empresas se retiram da Rússia, credores recuam de acordos de financiamento e a ameaça de novas sanções desencoraja os compradores. O zinco atingiu seu nível mais alto desde 2007 e o alumínio atingiu um recorde histórico.

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  • O Ibovespa subia 0,39%, a 115.619 pontos perto das 10h50
  • O dólar caía 1,47%, a R$ 5,03, ainda beneficiado pela entrada de fluxo estrangeiro no país. Os vencimentos dos juros avançavam, com o DI para janeiro de 2023 subindo de 12,620% para 12,715%
  • Nos EUA, o futuro do Dow Jones subia 0,34%, assim como o S&P 500, e o Nasdaq avançava 0,19%

Contexto

Os dados de seguro-desemprego nos EUA, divulgados às 10h30 do horário de Brasília, se somavam aos fatores positivos da sessão. O país registrou 215 mil novos pedidos na última semana, abaixo dos 233 mil da semana anterior. O número é o menor para pedidos iniciais desde a semana do dia 6 de janeiro.

A queda nos pedidos é consistente com um mercado de trabalho forte se recuperando da variante ômicron, o que obrigou alguns negócios a fechar. A tendência deve continuar, pois o afrouxamento das restrições do Covid provavelmente incentivará os americanos a trabalhar, e os empregadores desejam reter os trabalhadores à medida que a atividade reinicia.

O ostracismo à Rússia continua: MSCI e FTSE Russell estão cortando ações russas de índices amplamente rastreados, enquanto a Bolsa de Valores de Londres suspende dezenas de recibos de depósitos russos da negociação, isolando as ações de um grande segmento da indústria de fundos de investimento.

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As ações europeias com exposição comercial à Rússia perderam mais de US$ 100 bilhões em valor de mercado desde que os riscos de guerra aumentaram. As ações de commodities são os únicos ganhos entre os setores europeus este ano.

(Com informações de Bloomberg News)

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Kariny Leal

Jornalista carioca, formada pela UFRJ, especializada em cobertura econômica e em tempo real, com passagens pela Bloomberg News e Forbes Brasil. Kariny cobre o mercado financeiro e a economia brasileira para a Bloomberg Línea.