Dona do KFC e Frango Assado busca retomada para voltar a crescer

Nos últimos 11 trimestres, a empresa apresentou lucro em apenas três períodos, mas aumento da receita, melhora operacional e vacinação sinalizam períodos mais tranquilos

IMC melhor classificação de risco e busca impulso para voltar a crescer
20 de Fevereiro, 2022 | 03:13 PM

Bloomberg Línea — Depois de um 2021 de muitas mudanças em meio à pandemia, a International Meal Company - IMC (MEAL3) busca um novo fôlego para retomar o crescimento. O grupo que controla no Brasil marcas como Frango Assado, KFC e Pizza Hut acaba de ganhar um upgrade em sua nota de classificação de risco pela S&P, que elevou de brBB+ para brBBB o rating da empresa.

Depois de ter sentido sensivelmente os efeitos da pandemia em seus resultados financeiros, o grupo tem ensaiado uma recuperação. Com operações em shoppings, estradas e aeroportos, lugares de alta circulação de pessoas e que tiveram fluxo bastante reduzido até meados de 2021, a empresa vem recuperando os níveis de atividade com o avanço da vacinação e a retirada das restrições de mobilidade.

No acumulado de janeiro a setembro do ano passado, a companhia operava no vermelho, tendo registrado apenas no terceiro trimestre um prejuízo de R$ 4,45 milhões. Contudo, já era possível notar uma evolução tanto do ponto de vista operacional quanto de receita. “Esperamos que a International Meal Company Alimentação S.A. (IMC) dê continuidade a seu plano de expansão, com retomada do crescimento de receitas e recuperação de margens em 2022, dada a melhor visibilidade para seu ambiente de negócios”, diz a S&P em seu relatório.

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A expectativa da agência é que o grupo feche 2021 com uma receita entre R$ 1,8 bilhão e R$ 1,9 bilhão. No acumulado até o terceiro trimestre, o número era de R$ 1,3 bilhão e os dados do quarto trimestre e do acumulado do ano passado estão previstos para serem divulgados no próximo dia 30 de março.

“A perspectiva estável reflete a retomada esperada dos negócios da IMC diante da desaceleração gradual da pandemia da covid-19, com a recuperação de margens e redução da alavancagem. Esperamos que a IMC apresente margem EBITDA acima de 10% e índice de dívida bruta sobre EBITDA consistentemente abaixo de 5,0x”, diz a S&P.

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Alexandre Inacio

Jornalista brasileiro, com mais de 20 anos de carreira, editor da Bloomberg Línea. Com passagens pela Gazeta Mercantil, Broadcast (Agência Estado) e Valor Econômico, também atuou como chefe de comunicação de multinacionais, órgãos públicos e como consultor de inteligência de mercado de commodities.