Petróleo estende declínio com foco em negociações nucleares com Irã

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Bloomberg — Os preços do petróleo caíam acentuadamente à medida que os traders avaliam os riscos para o recente rali do mercado, incluindo a retomada das negociações nucleares com o Irã.

Os futuros em Nova York do West Texas Intermediate (WTI) recuavam até 2,5%. O principal negociador nuclear da Rússia, Mikhail Ulyanov, disse ao jornal de Moscou Kommersant que as negociações para reviver o acordo nuclear estão na linha de chegada, com um documento final na mesa. Um acordo levaria à retomada dos fluxos oficiais de petróleo do Irã.

A possibilidade de mais petróleo iraniano ocorre no momento em que a oferta global tem sido cada vez mais incapaz de acompanhar a crescente demanda das economias emergentes da pandemia. A Opep+ está lutando para cumprir os aumentos de produção prometidos, em parte devido a interrupções na Líbia, enquanto os comerciantes estão procurando ver quanto a oferta de xisto dos EUA aumentará a produção este ano.

Isso fortaleceu drasticamente o mercado nos últimos meses e colocou a possibilidade de barril a US$ 100 no horizonte. O mercado físico também se recuperou, com o benchmark Brent (BRENT) no Mar do Norte avaliado pela S&P Global em mais de US$ 98 o barril, segundo traders.

“Há muita incerteza”, disse o CEO da BP, Bernard Looney, em entrevista à Bloomberg TV. “Temos o que vai acontecer com o Irã, temos o que vai acontecer com a resposta ao xisto na América do Norte, temos preocupações na Líbia.”

Ainda assim, a demanda está forte e o mercado pode apertar ainda mais este ano, disse ele.

Preços do petróleo

O West Texas Intermediate para março recuava 2,1%, para US$ 89,44 o barril às 7h28, horário de Brasília
O Brent para abril caía 2,3%, para US$ 90,60

O mercado também estava avaliando a interrupção em várias refinarias de petróleo dos EUA após a onda de frio que atingiu o país. Os afetados incluem a segunda maior do país, potencialmente interrompendo a entrada de petróleo bruto e as entregas de produtos petrolíferos.

Outras notícias sobre o petróleo

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