Leda Braga, ‘rainha quant’ brasileira, amplia participação na Systematica

A gestora é conhecida por usar algoritmos controlados por computador para executar suas estratégias de fundos de hedge

Investigadores finlandeses dicen que su primera computadora cuántica ya funciona.
Por Nishant Kumar
18 de Janeiro, 2022 | 12:04 PM

Bloomberg — A fundadora da Systematica Investments, a brasileira Leda Braga, e o Affiliated Managers Group Inc. adquiriram em conjunto a totalidade da participação da BlueCrest Capital Management na Systematica.

A BlueCrest, do bilionário Michael Platt, manteve uma participação acionária não revelada na empresa de fundos de hedge de US$ 13 bilhões depois de vender parte de sua participação de 49% para a AMG em 2015, quando a Braga se desfez da empresa.

Após a última transação, a Braga terá uma participação majoritária aumentada, enquanto a AMG detém uma participação minoritária, disseram as duas empresas em comunicado na terça-feira. Os termos financeiros não foram divulgados.

“Há sete anos embarcamos em uma jornada como uma empresa independente e hoje, em parceria com a AMG, estamos completando a transição completa da participação acionária em linha com nosso plano estratégico”, disse em comunicado Braga, que dirige a maior gestora de fundos de hedge de propriedade de mulheres no mundo.

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O acordo marca o fim dos laços da Systematica, com sede em Genebra, com a BlueCrest, que tem sede em Londres.

A gestora de Braga foi cindida da empresa de Platt em janeiro de 2015. Desde então, aumentou seus ativos em 50% e iniciou novas estratégias desde que a AMG adquiriu a participação no final daquele ano. A gestora é conhecida por usar algoritmos controlados por computador para executar suas estratégias de fundos de hedge.

A AMG, com ativos agregados sob gestão de cerca de US$ 748 bilhões, compra participações em gestoras de investimento. Suas afiliadas incluem ValueAct Capital, Winton e AQR Capital Management.

Carreira

Braga, 55 anos, doutora em engenharia, conheceu Platt enquanto trabalhava no JPMorgan Chase & Co. (JPM). Ele deixou o banco para iniciar a BlueCrest em 2000 e ela se juntou a ele no ano seguinte. Enquanto Platt devolveu dinheiro aos clientes e agora administra a BlueCrest como sua gestora de investimentos em private equity, Braga transformou sua empresa de investimentos quantitativos em uma das maiores do setor.

Seu maior veículo de investimento, o fundo Systematic Alternative Markets, de US$ 5,8 bilhões, teve ganhos de quase 29% no ano passado, de acordo com um documento de investidores visto pela Bloomberg. Seu fundo BlueTrend, de US$ 3,6 bilhões, subiu pouco mais de 2%.

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